Multas de trânsito ficam mais caras a partir de novembro

Decisão foi publicada no DOU de ontem (8) e tem como base a alteração do CTB, por meio de lei sancionada em maio deste ano

Postado em: 09-09-2016 às 06h00
Por: Redação
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Decisão foi publicada no DOU de ontem (8) e tem como base a alteração do CTB, por meio de lei sancionada em maio deste ano

Os motoristas devem ficar ainda mais atentos às leis de trânsito a partir de 1º de novembro deste ano, pois as infrações vão pesar no bolso ainda mais. Em resolução publicada ontem (8) no Diário Oficial da União pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) ficou definido que infrações classificadas como gravíssimas terão valor de R$ 293,47, o atual valor cobrado é de R$ 191,54. 

Infrações consideradas graves passarão de R$ 127,69 para R$ 195,23; enquanto as infrações classificadas como médias custarão R$ 130,16, sendo que antes custavam R$ 85,13. Já as infrações leves serão reajustadas para R$ 88,38, antes o valor cobrado até o fim de outubro será de R$ 53,20. Os ajustes serão realizados com base em alteração no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), por meio da lei federal n.º 13.281, sancionada em 4 de maio deste ano.

Osmar Jacinto de Lemos, 50, trabalha há três anos como taxista e acredita que o reajuste no valor das multas é necessário para que as leis de trânsito sejam mais respeitadas. “O brasileiro só respeita as regras se pesar no bolso. O preço mais alto das multas faz com que os condutores fiquem mais atentos”, afirma o taxista.

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Desobediência

Osmar conta que a infração que mais comete é o excesso de velocidade. “Às vezes estou conversando com um cliente e me distraio, e quando percebo, passei em um sinal verde, mas com velocidade maior que o permitido”, conta o taxista. As infrações cometidas por outros motoristas que são mais percebidas por Osmar são parar em fila dupla e não usar seta para fazer conversões. “Goiânia tem um trânsito muito complicado. O trânsito não flui”, diz o motorista. 

Também taxista, Gilsmar Barbosa de Lima, 38, acredita que o aumento no preço das multas pode diminuir a quantidade de infrações de trânsito, mas critica a falta de infraestrutura da cidade. “O que mais vejo são motoristas em fila dupla e em excesso de velocidade. O preço das multas pode ficar mais alto, mas precisamos ver mudança na estrutura que temos nas ruas e avenidas para que o trânsito melhore”, afirma Gilsmar.

Aplicação

O coordenador-geral de Planejamento Operacional do Denatran, Carlos Magno, explica que a receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito deve ser destinada a atender exclusivamente a despesas públicas como sinalização, engenharia de tráfego, engenharia de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. “As receitas não podem ser aplicadas em outras finalidades, em outras situações que não sejam essas”, explicou o coordenador.

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