26 são autuados por participação em racha

Titular da Dict, Nilda Andrade, garante que ações contra corridas ilegais serão intensificadas no Estado

Postado em: 10-09-2016 às 06h00
Por: Toni Nascimento
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Titular da Dict, Nilda Andrade, garante que ações contra corridas ilegais serão intensificadas no Estado


Da Redação
Em operação realizada na madrugada de ontem (9), 26 pessoas foram autuadas por participarem de crimes de racha na GO-020, próximo ao Autódromo de Goiânia. A ação foi realizada em conjunto pela Polícia Militar e Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict).

Além das autuações, foram apreendidos 18 veículos, 13 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) e foram confeccionados 54 autos de infrações administrativas. O Tentente-coronel Evenir da Silva Franco Júnior explica que a ação foi planejada com antecedência, pois a polícia sabia que um grupo estava realizando as corridas ilegais na região.

Franco afirma que a Polícia Militar realiza ações contínuas nas rodovias goianas para combater crimes de racha em via pública. “O êxito da última operação serve de alerta para as pessoas que participam destes crimes. Elas colocam as próprias vidas em risco e de outras pessoas. As vias públicas precisam ser respeitadas; isso não pode acontecer”, diz o tentente-coronel. 

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A delegada titular da Dict, Nilda Limas de Andrade, afirma que “as corridas ilegais nas vias próximas ao autódromo são antigas”. Nilda conta que os participantes do racha se comunicavam por um aplicativo de mensagens e combinavam encontros em postos de combustíveis das avenidas Paranaíba, Goiás e 136, de lá eles partiam para a GO-020. 

Legislação

Além da corrida, a polícia também encontrou situações de direção perigosa e acrobacias com motocicletas em via pública. Entre os autuados, oito são suspeitos de participarem efetivamente dos crimes e 18 são suspeitos de incitação ao crime. De acordo com a delegada, as ações contra este tipo de crime serão intensificadas. “Vale lembrar que os envolvidos com rachas possuem motos e carros caros, o que mostra que fazem parte de famílias de classe média alta”, conta Nilda.

O racha é reprimido pelo Código de Trânsito Brasileiro no Artigo 308; a punição prevista é de seis meses a três anos de detenção, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Ainda de acordo com a legislação, se a prática resultar em lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que o responsável não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena é de três a seis anos de reclusão. Caso o crime terminar em morte e o responsável também não demonstrar que desejava o resultado, a pena é de cinco a 10 anos de prisão.

Caso

Na semana passada, um homem morreu após bater a moto que pilotava em um carro. O acidente aconteceu na GO-020. Por estar em alta velocidade, o corpo de Weder Alvarenga, 24, foi arremessado mais de 100 metros de distância e morreu no local. De acordo com Nilda Andrade, a polícia acredita que o crime aconteceu durante uma corrida ilegal. 

Ainda de acordo com a polícia, dois carros seguiam pela rodovia, quando um dos motoristas freou ao passar por um radar e perdeu o controle do veículo. O carro saiu pelo acostamento e atingiu a moto. O teste do bafômetro realizado pelo motorista do carro não apontou consumo de bebida alcoólica. Conhecidos da vítima que estavam no local afirmaram que o motorista e Weder se conheciam. 
 

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