Com interdições na Avenida Goiás, usuários de ônibus ficam desamparados

Obras do BRT na Avenida Goiás mudam linhas de ônibus e pontos ficam superlotados

Postado em: 13-09-2016 às 06h00
Por: Redação
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Obras do BRT na Avenida Goiás mudam linhas de ônibus e pontos ficam superlotados

Wilton Morais

Os usuários do transporte coletivo reclamam de problemas como demora e falta de informação para embarcarem nos ônibus, na Avenida Goiás, região do setor Norte Ferroviário. No local, as obras do Bus Rapid Transit (BRT) proporcionaram a interdição de quase toda a via entre a Leroy Merlin e o Terminal Rodoviário.

Para o estudante de sistemas da Informação Matheus Ribeiro, a falta de infraestrutura é um dos principais problemas na área. “Enquanto a obra acontece, precisávamos de um local adequado para esperar o ônibus, faltou infraestrutura, o ponto não suporta a população”, disse o estudante. 

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Já a aposentada Maria Soares, reclama da distancia do ponto de ônibus. “Não costumo vir para essa região, mesmo assim a situação está horrível, o ponto ficou bastante afastado, tive que andar da rodoviária e procurar o ponto, quando cheguei à parada, não tive possibilidade nem de sentar”, contou a aposentada.

Falta de Informação 

De acordo com a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), as informações sobre as mudanças no trajeto estão disponibilizadas aos usuários. Em nota, a Companhia disse que agentes de fiscalização, informativos nos pontos de ônibus, notícias, e os motoristas de ônibus, além do site e redes sociais da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), estão disponibilizado as orientações.

Apesar da alegação da CMTC, a dona de casa Terezinha Paz discordou da presença de informativos. “Nem o motorista sabe onde passar, peguei a linha do 035 que vem do terminal Garavelo, o motorista disse que a linha não passava aqui, porém, fiquei esperando e o ônibus passou em seguida, não há nenhuma informação”, conta. Segundo Maria, sem orientações, foi preciso andar muito para procurar o ponto. “Sai seguindo as pessoas”. Tanto Maria quanto o estudante sugerem alternativas de coberturas para o abrigo devido aos pontos de ônibus ficarem expostos ao sol e calor. “Talvez se colocassem tendas, como em alguns terminais, temporariamente auxiliaria no bem estar do usuário”, sugere Ribeiro.

Alternativas

Em nota a CMTC informou que a interdição no trânsito da região é temporária. Segundo a Companhia até a conclusão das obras, os usuários do transporte coletivo, que realizam o embarque e desembarque na avenida Goiás Norte, têm como opção o ponto de número 501, que fica na Praça do Trabalhador, a uma distância de 250 metros dos pontos interditados temporariamente.

No sentido bairro-centro a CMTC disse que foi criado um corredor improvisado na região somente para o tráfego dos veículos do transporte coletivo. “Como o corredor é estreito, não é possível se realizar embarques e desembarques, que estão ocorrendo um ponto antes ou depois do trecho em obras”, justifica a CMTC.

“Ao longo das obras do BRT Goiás Norte-Sul, os pontos existentes fora da canaleta central, exceto na avenida Goiás Norte, entre a Praça do Trabalhador e a Avenida Oeste, possuem abrigos e estão em funcionamento”, explica a nota.

Até dezembro

Segundo a CMTC, as obras do terminal Rodoviário serão realizadas até dezembro de 2016. A proposta é fazer com que o terminal ligue o corredor do BRT Goiás Norte-Sul a região Noroeste de Goiânia à região Sul, no Terminal de Integração Cruzeiro do Sul, na divisa com Aparecida de Goiânia. Conforme a empresa, as obras irão proporcionar atendimento direto a 148 bairros de Goiânia e Aparecida, beneficiando cerca de 120 mil usuários por dia.

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