Operação da PF investiga fraudes

Na manhã de ontem (13), a Polícia Federal deflagrou a Operação Clístenes para desarticular uma organização criminosa que pretendia fraudar as próximas

Postado em: 14-09-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

Na manhã de ontem (13), a Polícia Federal deflagrou a Operação Clístenes para desarticular uma organização criminosa que pretendia fraudar as próximas eleições municipais com a adulteração de urnas eletrônicas. A investigação teve início dois meses atrás, após denúncia realizada por um prefeito de município da região metropolitana de Porto Alegre, que afirmou receber proposta oriunda de Brasília, na qual garantia a sua vitória nas eleições municipais.
Em nota enviada ao O HOJE, a assessoria da Polícia Federal no Rio Grande do Sul informou que três mandados de prisão preventiva foram expedidos, dois em Brasília (DF) e um no município de Xangri-lá (RS). Na capital federal, no entanto, uma pessoa ainda está foragida. Foram expedidos também três mandados de condução coercitiva em Canoas (RS), Piripiri (PI) e Xangri-lá, e cinco mandados de busca e apreensão, dois em Brasília, um em Canoas, Xangri-lá e Goiânia. 
A organização criminosa pretendia agir a partir de um contato estabelecido com uma empresa que trabalha com a atualização do software das urnas eletrônicas. Os criminosos fraudariam a eleição para prefeito sob pagamento de R$ 5 milhões e a eleição para vereador por R$ 600 mil. 
No entanto, após as investigações, a Polícia Federal constatou se tratar de estelionato, sob a justificativa de que os envolvidos no crime não teriam o contato da empresa responsável pela atualização do software, o que soma aos indícios que refutam o suposto êxito na fraude das urnas eletrônicas. Os presos responderão pelos crimes de estelionato e organização criminosa. Eles serão encaminhados ao sistema prisional onde ficarão disponíveis à Justiça Eleitoral. 

Urnas
Ainda segundo a nota, a Secretaria de Tecnologia da Informação do TRE-RS afirma que as urnas possuem mecanismos de segurança que garantem apenas a execução dos programas gerados na cerimônia de lacração. Esses programas também são inspecionados, o que inviabiliza a utilização de programa malicioso para adulterar a máquina.

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