Cães e gatos recebem vacina antirrábica no sábado

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), são 390 postos de atendimento que estarão disponibilizando a vacina diretamente, entre as 8h e 17h

Postado em: 17-09-2016 às 06h00
Por: Redação
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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), são 390 postos de atendimento que estarão disponibilizando a vacina diretamente, entre as 8h e 17h

Após dois anos sem vacina antirrábica em Goiânia, a campanha de imunização em cães e gatos acontece no sábado (17). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), são 390 postos de atendimento que estarão disponibilizando a vacina diretamente, entre as 8h e 17h.

Somente no Estado, o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás (CRMV-GO), estima a existência de mais de um milhão e 235 mil felinos e caninos. “Será disponibilizada para a campanha 200 mil doses da vacina, com intenção de imunizar 160 mil animais, ou 80% dos cães e gatos”, informa a gerente de controle de população animal da SMS, Catarina Rates.

Para o vice-presidente do CRMV, Wanderson Alves Ferreira, a vacinação é extremamente importante para o combate a doenças transmitidas de animais para humanos (zoonoses). “A raiva é uma doença que não tem cura nos seres humanos, o animal que não foi vacinado nesses últimos anos deve procurar a imunização e evitar a transmissão da doença”, alerta o vice-presidente do CRMV.

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Catarina explica que cães e gatos que tiverem idade superior a três meses podem ser vacinados. Os donos dos animais poderão levar os bichos para tomar a dose em diversos postos da cidade. A lista pode ser encontrada no site da SMS. A orientação da secretaria é que todos os donos de animais levem os bichos para tomar a vacina durante a campanha. Após o período, apenas as possíveis sobras das doses será disponibilizada, o que não é estimado.

Casos
Nos últimos 15 anos não houve foco da doença em Goiânia, mas devida a descontinuidade da vacinação, em 2001 um homem foi contaminado pela variante canina. Segundo Ferreira, a antirrábica deverá ser aplicada anualmente, evitando a circulação do vírus pelo ar. “Quando um animal debilitado é contaminado, seja através do ar, alimentos ou uma mordida de um morcego, o vírus torna a circular, o que pode causar a contaminação humana através da mordida do cão ou gato”, explica Ferreira.
Já os casos registrados em 2014 e 2015, explica o vice-presidente, foram transmitidos devido à variante presente em morcegos, que é impossível de ser controlada. “No caso dos morcegos, eles possuem a capacidade de sugar o sangue da presa, passando a contaminação de um animal para outro”, explica o vice-presidente da CRMV. “Em algumas regiões como de usinas onde a incidência do morcego é maior, a vacinação é obrigatória”, conclui.

Orientações 
Em casos de ataque animal, após o ferimento ser lavado imediatamente com água e sabão, o ferido deverá ir com urgência a unidade de saúde mais próxima para receber o devido tratamento. A SMS orienta que no momento da consulta, a pessoa leve informações sobre o animal que a atacou, para possibilitar analise do caso e verificar possível transmissão de doenças.
Nos casos de ataque é indicado que o animal fique em observação durante 10 dias para verificação de indícios de raiva. Sem a possibilidade de monitoramento, quando se trata de bicho de rua, a Vigilância e Controle de Zoonoses de Goiânia deverá ser acionada para realizar a captura do animal.

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