Campanha Setembro Amarelo busca prevenção ao suicídio

O objetivo da campanha é promover as discussões sobre prevenção ao suicídio e valorização à vida

Postado em: 26-09-2016 às 08h00
Por: Renato
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O objetivo da campanha é promover as discussões sobre prevenção ao suicídio e valorização à vida

Da redação

A campanha Setembro Amarelo, promovida pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), tem como objetivo promover discussões sobre a prevenção ao suicídio e de valorização à vida. Ao longo deste mês foram promovidas palestras, mesas redondas, caminhadas e panfletagem para conscientizar a população sobre a importância da conversa para uma pessoa que está emocionalmente abalada. 
Aposentada e voluntária no CVV de Goiânia há 20 anos, Maria de Jesus, 73, afirma que a campanha Setembro Amarelo se faz necessária diante da falta de apoio emocional que existe nas relações atualmente. “Muitas pessoas não têm tempo de ouvir e prestar atenção no sofrimento do outro. Às vezes, existe uma pessoa deprimida dentro de nossas casas, mas não prestamos atenção”, afirma a voluntária. Maria de Jesus explica ainda que prestar atenção nas atividades da família é fundamental para perceber mudanças em padrões que podem apontam problemas emocionais. 
“Precisamos falar sobre  suicídio para que exista prevenção. As pessoas que passam por problemas e têm pensamentos de finalizar a própria vida precisam saber que têm com quem conversar e que seus problemas têm solução”, afirma Maria de Jesus. De acordo com dados do CVV, cerca de 90% dos que tentam ou chegam ao suicídio possuem algum tipo de transtorno que têm tratamento. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a cada 45 minutos uma pessoa comete suicídio no Brasil.
Uma das palestras previstas na programação aconteceu na semana passada no Hospital Materno Infantil (HMI). O técnico em segurança do trabalho na instituição, Junior César Guimarães, explica que a discussão foi fundamental para divulgar estratégias de prevenção ao suicídio e levar aos funcionários da unidade de saúde a complexidade da prevenção. “Aprendemos a identificar situações de risco e articular uma rede de vigilância e controle por meio do diálogo. Trabalhamos na Saúde e sabemos a importância de humanizar o serviço prestado, mas nas palestras também discutimos sobre humanizar o ambiente de trabalho”, explica Guimarães. 

Atendimento
Maria de Jesus afirma que apenas em Goiânia a instituição recebe cerca de 1.100 chamadas todos os meses de pessoas que sofrem com algum problema emocional. Em todo o Brasil, o número é de mais de um milhão por ano. Em Goiânia, o CVV possui 39 voluntários, mas Maria de Jesus afirma que o ideal seriam pelo menos 80. “Temos duas linhas telefônicas na sede do CVV e em alguns horários não há ninguém para atender as ligações”, conta a voluntária. 
No CVV de Goiânia, são realizadas duas seleções de voluntários por ano, a próxima está prevista para fevereiro de 2017. A sede regional fica localizada na Avenida Anhanguera, Centro de Goiânia. Para ser voluntário, os interessados precisam ter mais de 18 anos.Os voluntários do CVV em Goiânia atendem pelos números 141 e (62) 3223-4041. O CVV tem 54 anos de história no Brasil, 72 postos de atendimento e mais de dois mil voluntários. 

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