Crer estabiliza como referência nacional em seus 14 anos de funcionamento

Karla Araujo
Mais de 12 milhões de procedimentos. Este é o saldo acumulado pelo Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) ao longo dos 14 anos de funcionamento, completados no último fim de semana. A média é de 1.838 pacientes atendidos e 5.533 procedimentos por dia. A instituição tem 136 leitos de internação, 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), oito salas cirúrgicas, sete ginásios de terapias, quatro piscinas de hidroterapia, serviço de atenção domiciliar, centro de diagnóstico e oficina ortopédica.
A reabilitação é um dos serviços mais conhecidos prestados pelo Crer. Maurílio Pinto Monteiro, 38, está fazendo fisioterapia há quatro meses no joelho esquerdo, fraturado enquanto ele jogava futebol como lazer. Maurílio avalia o serviço prestado na instituição como excelente, mas reclama da demora para conseguir uma vaga na reabilitação. De acordo com ele, após a cirurgia, também realizada na unidade, foram necessários um ano e seis meses para conseguir fazer a fisioterapia. “Depois que está dentro do Crer, é muito bom”, diz o paciente.
Reginaldo da Costa Bezerra, 49, trabalha com carga e descarga de caminhões e também está fazendo fisioterapia no Crer para reabilitar o joelho fraturado durante uma partida de futebol. Ao contrário de Maurílio, Reginaldo afirma que conseguiu a vaga em menos de 15 dias após a cirurgia. Porém, ele passou quatro anos com a perna fraturada antes de buscar atendimento médico. “Machuquei, mas não fui ao médico. Passaram anos e a dor continuava. Quando procurei o médico, tive que fazer cirurgia”. Em relação ao serviço prestado, Reginaldo só tem elogios. “Os profissionais são atenciosos e trabalham muito bem. O serviço é ótimo”, avalia Reginaldo.
A aposentada Alda Cândida, 71, sentia muita dor na perna direita e foi encaminhada pelo médico para fazer cirurgia há um ano e hoje faz recuperação no Crer. “Quebrei a perna quando era mais nova, acredito que não curou direito”, conta a aposentada. Alda afirma que conseguiu a vaga para fisioterapia logo que solicitou o serviço e afirma que os profissionais trabalham com atenção e são observadores. “Tenho apenas elogios”, diz a aposentada.

Expandir serviços é desafio para os próximos anos

O Diretor-geral do Crer, Válney Luís da Rocha, lembra que a instituição surgiu para atender uma parcela da população que precisava de atendimento específico e era ignorada pela sociedade. Para os próximos anos, Rocha afirma que o Crer tem como principal desafio a expansão dos serviços prestados. A criação de um laboratório de análises clínicas já está em andamento. Com o novo espaço, Rocha afirma que a instituição oferecerá também procedimentos complementares.
Em relação à demora para conseguir determinados serviços de recuperação, o diretor afirma que em alguns casos a demanda é maior que a capacidade da instituição, o que gera dificuldades. “Procuramos oferecer o melhor serviço, mas, como qualquer outra unidade de Saúde, esbarramos na limitação de leitos e profissionais”, explica o diretor.
Dentre os quadros clínicos atendidos no Crer estão amputados, deficiência neuromuscular, lesão medular, lesões encefálicas adquiridas, mielomeningocele, paralisia cerebral, traumatologia e ortopedia.