Escolas e Cmeis têm sete furtos por mês em Aparecida

Karla Araújo

Em sua estrutura física, muitos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e escolas municipais de Aparecida de Goiânia dão exemplo, mas a insegurança é problema nas unidades. De acordo com o coordenador do Gerenciamento de Comunicação (Gecom) da Guarda Municipal, Getúlio Alves Teles, aconteceram quatro furtos por fim de semana em unidades escolares do município no mês de janeiro. No segundo semestre, este número foi reduzido para sete furtos por mês.

Teles atribui a redução ao trabalho preventivo realizado pela Gecom com pelo menos 16 câmeras de videomonitoramento nas 70 escolas e Cmeis de Aparecida. “Mesmo com menor número de ocorrências, a quantidade está longe de ser satisfatório”, avalia o coordenador. Ainda segundo Teles, as câmeras são fundamentais, mas o ideal seria ter pessoas fixas nestes locais para a segurança ser garantida. Entretanto, o efetivo da Guarda Municipal não é suficiente para atender todos os prédios escolares.

Ainda de acordo com Teles, a segurança das unidades esbarra nas atitudes de alguns gestores que liberam as quadras das escolas e Cmeis para a comunidade em fins de semana. “Infelizmente algumas pessoas entram nas escolas e realizam pequenos furtos enquanto estas atividades acontecem. Já recomendamos à Secretaria Municipal da Educação que as unidades fiquem completamente fechadas quando não estiver em período de aulas”, afirma o coordenador.

Santo André

O último furto aconteceu no último fim de semana no Cmei Ana Barbosa da Costa, localizado no setor Santo André, quando o alimento usado na merenda dos alunos foi levado. Em três meses ocorreram cinco furtos ao local. Teles afirma que apenas uma pessoa é a responsável pelos últimos três casos. “Esta pessoa já foi identificada, mas não vamos divulgar as imagens para não prejudicar o trabalho da polícia”, explicou o coordenador. De acordo com a prefeitura, o material já foi reposto.

Pais reclamam da falta de segurança

A mãe do pequeno Thiago, 6, a dona de casa Elisângela Xavier Santana, afirma que se sente apreensiva ao deixar o filho no Cmei Ana Barbosa da Costa todos os dias. “Já entraram para furtar muitas vezes. Se entram de noite, podem fazer o mesmo durante o dia, quando nossos filhos estão lá. Fico muito preocupada”, afirma Elisângela. A dona de casa lembra que em um dos casos a fiação da unidade foi furtada. Ela conta que as aulas continuaram, mas as crianças não puderam tomar banho durante todo o dia, das 7h às 16h30, pois na época fazia frio.

Elisângela ainda reclama da falta de iluminação no bairro e afirma que os postes que funcionam estão longe do Cmei. “Tem muitos vizinhos perto do Cmei, mas como está tudo escuro não conseguem ver se uma pessoa entra no prédio para roubar”, diz a dona de casa.  Antonino Augusto de Oliveira, 63, vai buscar a neta Maria Luíza na unidade todos os dias e disse que está assustado com a violência. “Ninguém gosta de ouvir que estão roubando a comida e as coisas das crianças, é muito triste”, disse.