Rotatividade gera disputa entre taxistas em Goiânia

Os pontos de táxi rotativos podem ser usados por qualquer taxista desde que respeite o número de vagas

Postado em: 07-10-2016 às 08h00
Por: Renato
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Os pontos de táxi rotativos podem ser usados por qualquer taxista desde que respeite o número de vagas

Caio Marx
A implantação proposta pelo Ministério Público Estadual com o objetivo de transformar todos os pontos de táxi de Goiânia em rotativos está gerando embate entre os taxistas. A justiça determinou a demarcação de 50% dos pontos de táxi de capital como rotativos e 50% como pontos de taxi fixos. A Prefeitura recebeu um prazo de 60 dias para ajustes como implantar placas de identificação diferenciando pontos fixos dos rotativos em Goiânia, mas em audiência a prefeitura solicitou mais 60 dias de prazo.
Os pontos de táxi rotativos podem ser usados por qualquer taxista desde que respeite o número de vagas, já os pontos de táxi fixos pertencem geralmente a cooperativas ou radiotáxis. Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito (SMT), dos 253 pontos de taxi de Goiânia, 122 já estão com a sinalização, as vagas rotativas podem ser usadas após ser feita a sinalização horizontal, porém, a inconclusão das sinalizações tem gerado embates entre taxistas rotativos e fixos.
Os conflitos entre taxistas na capital foram à causa a morte de Fernando de Souza Arrais, de 42 anos, conhecido como “Fernando do Crer”, o taxista foi assassinado a tiros na quinta-feira (29), no Setor Vila Nova, em Goiânia. Segundo a polícia, a briga aconteceu pela disputa de um ponto de táxi na porta do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer).
Segundo relato de testemunhas a Polícia Civil, a vítima viu um taxista que não tinha permissão para utilizar o ponto pegar passageiros no local, Fernando o seguiu e os dois começaram a discutir, até que o outro taxista efetuou vários disparos na direção de Fernando que foi baleado no tórax e no braço e faleceu no local.
Em entrevista ao O Hoje, Ederman Mamede, primo da vítima e também taxista permissionário na capital, disse que Fernando sempre lutou pela rotatividade, porém, o único ponto de Goiânia que continuaria como fixo seria o ponto do Crer, pois no local há uma necessidade de táxis acessíveis, como era o caso da vítima que possuía um Chevrolet Spin acessível então só haveria rotatividade a esses carros, e isso ocasionou todo o conflito que terminou com a morte de Fernando.

Taxistas pedem a abertura de novos pontos
O Aeroporto Internacional de Goiânia é outro ponto que gera embates entre taxistas fixos e rotativos. Na noite de sábado (1) houve uma briga registrada entre taxistas. Segundo testemunhas, o taxista rotativo teria parado o táxi fora do aeroporto, e teria se dirigido até o desembarque para oferecer o serviço, os taxistas da cooperativa que possui concessão para o aeroporto perceberam e o seguiu, então começou a discussão que levou a briga corporal.
Os taxistas do aeroporto alegam que é injusta a prática dos rotativos, pois os fixos enfrentam grande espera e uma fila de carros até pegar um passageiro e com os rotativos indo direto ao desembarque recolher passageiros prejudica a todos os taxistas licenciados do aeroporto.
Os taxistas sugerem que uma solução para os conflitos, seria a abertura de novos pontos de táxis na capital, pois foram dadas 800 novas permissões e não houve a abertura de mais pontos, e isso gera conflito nos pontos existentes. A melhor forma seria se houvesse uma migração para os rotativos de forma natural como no Shopping Cerrado e no Hugol que são novas construções, onde houve a criação de pontos rotativos e não gerou conflito com antigos taxistas.

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