Reconstrução mamária eleva autoestima de mulheres vítimas com câncer de mama

Depressão é um dos problemas mais difícies enfrentados pelas mulheres que são dignosticadas com a doença

Postado em: 10-10-2016 às 08h00
Por: Renato
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Depressão é um dos problemas mais difícies enfrentados pelas mulheres que são dignosticadas com a doença

Wilton Morais
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 250 novos casos de câncer de mama em Goiânia neste ano. O número equivale a 7,6 casos para cada 100 mulheres. No âmbito estadual, são estimados 1.680 novos casos, todos para este ano. O número em Goiás equivale a cinco casos para cada 100 mulheres.
A Campanha Outubro Rosa possui papel fundamental na conscientização pela prevenção ao tumor maligno que se desenvolve em consequência de alterações em conjuntos de células da mama. O mais importante: quando diagnosticado no início, pesquisas apontam que 95% das mulheres possuem a chance de cura.
A costureira Maria das Dores Lima dos Santos, 54, fez cirurgia para a retirada da mama há pouco mais de três meses e será submetida ao procedimento de reconstrução no II Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária. Maria das Dores passou pela cirurgia de retirado do tumor da mama direita dois meses após receber o diagnóstico. “Tinha muito vontade de eliminar o nódulo, pedi a Deus que tudo desse certo. Apesar de ser um pouco pequeno, falei que venceria o câncer e venci. Foi um alivio para mim, poder tirar tudo aquilo”, conta emocionada.

Do drama a saída
Maria das Dores percebeu o nódulo na mama durante o autoexame, realizado com rotina. Descobrir que seria uma vítima da vida, abalou e surpreendeu quem nunca imaginou passar por tamanha dificuldade, “pensei que o mundo tinha acabado”, diz. 
A costureira revela que, para enfrentar o drama do câncer mamário, foi preciso se fazer  forte. “Parei, analisei a circunstancia e agi com a maior naturalidade. Coloquei em minha mente: ‘Não posso parar e abaixar a cabeça’. Foi assim que venci esse mal”, afirma. Prestes a realizar a cirurgia para reconstrução da mama, Maria, que é mãe de um casal de filhos, faz um alerta em relação a depressão que, segundo ela, pode ser devastadora para quem recebe a notícia de um câncer.
“Graças a Deus, hoje eu estou bem. Procuro me ocupar com trabalho para pensar. Espero que as pessoas que passam pela mesma circunstância que passei, recebam um resultado como esse e sejam fortes”, diz  a costureira.

O câncer 
O medico Luiz Humberto Garcia de Souza, cirurgião plástico e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica na regional Goiás (SBCP-GO), explica que uma mulher que perde a mama, em geral, enfrenta problemas de efeito psicológico. “Esse é o principal motivo que levam às mulheres a fazerem a cirurgia de reconstrução mamaria. O fator é tão importante que em grandes hospitais, de Goiânia e os principais do País, o Sistema Único de Saúde (SUS) cobre a operação”, conta o medico.
Para Souza, a não realização de exames e a falta de cultura na prática de se autoexaminar, principalmente com idades a partir de 30 anos, são os principais problemas de quem se depara com o câncer de mama. “Quando o paciente procura o atendimento médico, caso diagnosticarmos o câncer benigno tiramos o tumor e acabou”, explica. Com pacientes em que o neoplasma maligno é identificado, os profissionais médicos além da cirurgia, realizam a reconstrução da mamaria. “Utilizamos para isso prótese ou material da própria pessoa, em cada caso realizamos uma reconstrução diferente”, conclui.

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Fique por dentro:

– O Mutirão irá acontecer pela primeira vez em Goiânia entre os dias 24 e 29 de outubro. De acordo com o médico cirurgião plástico e coordenador do mutirão em Goiás, Aloísio Garcia, o mutirão possui um intuito de aliviar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) e proporcionar a queda na sequela da masectomia que é a responsável pela retirada da mama.

– “No Brasil são 60 novos casos por ano de pessoas que necessitam da cirurgia de reconstrução mamaria. É um numero muito grande de pessoas sequeladas, tanto imparcial quanto parcial”, avalia o medico. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o mutirão é voltado exclusivamente para mulheres que necessitam de cirurgias reconstrutivas pós-câncer de mama.

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