Com chuvas, combate ao Aedes aegypti é intensificado

Agentes de endemias são acompanhados por fiscais nas visitas e multas podem ser aplicadas no momento da verificação

Postado em: 13-10-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Agentes de endemias são acompanhados por fiscais nas visitas e multas podem ser aplicadas no momento da verificação

Com o início do período de chuvas, a fiscalização nos 496 pontos estratégicos de proliferação do Aedes aegypti mapeados em Goiânia foi intensificada. Estes locais costumam ser visitados uma vez a cada 15 dias, mas todos receberão visita de agentes de endemias e fiscais nesta semana. O Aedes aegypti é o mosquito responsável pela transmissão dos vírus da dengue, chikungunya, zika e febre amarela.
A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Flúvia Amorim, explica que estes lugares foram mapeados de acordo com determinação do Ministério da Saúde por serem locais em que já foi encontrado grande números de criadouros e focos do Aedes aegypti. “A ação é rotineira, mas com as chuvas isoladas registradas na Capital percebemos a necessidade de intensificar a ação”, diz Flúvia. 
Estes pontos estratégicos são ambientes com grande concentração de recipientes propícios para que a fêmea do mosquito deposite seus ovos, como cemitérios, borracharias, ferros-velho e depósitos de materiais recicláveis. Durante a ação, fiscais acompanham as equipes de agentes de controle de endemias e, casos sejam encontrados criadouros, com ou sem focos do Aedes, os responsáveis poderão ser autuados no momento da inspeção.

Focos
A reportagem do O HOJE acompanhou uma das equipes de endemia na visita a um depósito de material reciclável localizado na Vila Abajá, em Goiânia. No local foram encontrados recipientes com água parada, mas nenhum deles armazenava larvas do Aedes aegypti. “Nosso principal desafio é quanto ao material acumulado, pois não conseguimos verificar os recipientes que ficam por baixo, que também podem servir como criadouro”, explica o agente de combate a endemias Roberto Viana, que trabalha em ações contra o Aedes aegypti há 15 anos. 
Na ação, os agentes também precisam ter o cuidado de descartar a água acumulada de forma certa, senão outro foco pode ser criado. Roberto conta que em oito locais visitados por sua equipe em um dia de trabalho foram encontradas larvas do Aedes aegypti em cinco deles. Nos outros três foram encontrados recipientes com água parada, mas não havia larva. 

Dois municípios apresentam risco médio 

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Em Goiás, apenas Goianira e Água Limpa apresentaram médio risco de incidência de dengue na 39ª semana de 2016. Todo o resto do Estado possui baixo risco.  Os dados fazem parte do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás. Os municípios de Santo Antônio da Barra, Bela Vista de Goiás e Jataí também estão entre os com maior coeficiente de incidência de dengue (número de casos por 100.000 habitantes), mesmo com baixo risco. 
Ainda de acordo com a secretaria, o município com maior número de notificações da doença é Goiânia, com 58.790 casos. Em segundo lugar está Anápolis, com 14.929 notificações, seguido de Aparecida de Goiânia, com 11.536 casos. O município em que mais ocorreu óbitos por dengue suspeitos e confirmados em 2016 foi Anápolis, com seis casos suspeitos e quatro confirmados. 

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