Quinta-feira, 28 de março de 2024

Receitas médicas deverão ser digitadas

Proposta aprovada em segunda votação na Câmara de Goiânia segue para gabinete do prefeito

Postado em: 15-10-2016 às 06h00
Por: Redação
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Proposta aprovada em segunda votação na Câmara de Goiânia segue para gabinete do prefeito

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, na última quinta-feira (13), proposta de lei que obriga médicos a escreverem ou digitarem de forma legível receitas médicas. A proposta 2013/224, de autoria do vereador Welington Peixoto (PMDB), segue para sanção ou veto do prefeito Paulo Garcia (PT).
O projeto também obriga que as receitas contenham informações completas dos medicamentos listados, assim como forma de uso e de apresentação, concentração, quantidade prescrita e dosagem. Com a sanção do prefeito, nome do paciente e médico que o atendeu também deverão estar escritos. 
Para o proprietário de farmácia Felipe Holanda, a medida pode auxiliar no trabalho farmacêutico e no entendimento do paciente. “Muitos chegam à drogaria e não entendem as receitas. Geralmente, conseguimos decifrar por que já temos certo prática adquirida”, afirma.   
De acordo com Holanda, a forma escrita por alguns médicos impedem que o paciente tenha conhecimento até mesmo de como deve ser tomado o remédio. “Procuramos colocar sempre alguma etiqueta nas embalagens, com a freqüência do uso. Muitas receitas não são claras”. 
A aposentada Ana Teixeira, está habituada com as receitas medicas de seu marido. “Como os médicos já são tradicionais e a farmácia onde são comprados os medicamentos possuem profissionais que já estão acostumados com a letra medica, consigo comprar sem problemas”, conta a senhora.

Alerta 
Conforme o farmacêutico Wilson Barbosa as escritas garranchosas são perigosas. “Existem casos de pacientes que morrem por tomarem a medida errada, de um determinado remédio. Há casos em que o médico escreve uma dosagem errada, o paciente sem saber toma a dosagem. As letras pequenas e amontoadas podem causar esse tipo de acidente”, explica.
Segundo Barbosa, os profissionais da área de farmácia que estão entrando no mercado não conseguem com a mesma facilidade interpretar as receitas. “As letras ilegíveis, além de perigos para a saúde, causam transtornos. Eu estou acostumado, às vezes vejo uma letra consigo identificar o medicamento, agora os profissionais mais novos não conseguem, nem mesmo os pacientes”, afirma. 
A equipe do HOJE entrou em contato com o vereador Welington Peixoto, para explicar a proposta, porém, o mesmo estava viajando e até o fechamento desta edição os telefones do vereador davam sinal de desligado.
 

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