Operação Livramento aponta esquema

A Polícia Civil (PC) revelou, ontem (24), por meio da Operação Livramento, escutas instaladas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia nas quais servidores da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, negociavam uma carta de emprego para um foragido. A operação busca desarticular um esquema de corrupção em presídios do Estado.

Foragido
O material divulgado pela PC, com autorização da Justiça, revela uma conversa entre auxiliar de cartório da Colônia, Waldirene Gomes da Silva Gualberto pedindo que o diretor da unidade, Rafael Sousa Borges oriente um empresário a fazer uma carta de emprego para um foragido.
 De acordo com PC, ambos os envolvidos na escuta haviam se licenciado dos cargos para concorrer para vereador de Aparecida de Goiânia. Nas ligações, o empresário identificado como Tiago Pereira França, conversando com o diretor e diz não saber quem é o preso ou onde ele estaria. O empresário também diz que a chefe de cartório teria enviado os dados do foragido para que ele fizesse essa carta.

Beneficiados
Para o delegado Breynner Vasconcelos Cursino, cerca de 26 detentos foram beneficiados com as fraudes. Conforme o mesmo, o esquema de corrupção envolvia até favores sexuais em troca da liberdade de presos do semiaberto. Além disso, as investigações apontam que funcionários do presídio ignoravam falsificações em documentos de transferência de presos.