14 celulares são roubados por dia em Goiânia, aponta registro

Até o mês de setembro, houve 13 mortes durante ou após roubos a aparelhos

Postado em: 28-10-2016 às 08h00
Por: Renato
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Até o mês de setembro, houve 13 mortes durante ou após roubos a aparelhos

Caio Marx

O número de celulares roubados na capital aumentou significativamente nos últimos anos, isso devido ao número de aparelhos ser maior do que de habitantes e celulares cada vez mais valiosos. Todos os dias em Goiânia e região metropolitana são roubados ao menos 14 celulares. Segundo os dados da Secretária da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Estado de Goiás (SSPAP-GO), foram registrados, em média, cinco mil celulares roubados entre janeiro e setembro em Goiânia e Aparecida de Goiânia.

Em Aparecida de Goiânia houve uma elevação de 85% nesse tipo de crime. Até o mês de setembro, houve 13 mortes durante ou após roubos a aparelhos, causando o maior número de ocorrências de crime hediondo no período de 2011 á 2016.

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Os criminosos, muitas vezes, tiram proveito de locais públicos com várias pessoas para assaltar, geralmente escolhem vítimas fáceis como pedestres que transitam com o celular a mostra. Em dez anos, a participação do aparelho celular entre os objetos mais roubados praticamente triplicou, em paralelo, os roubos de dinheiro caíram para segundo lugar.

Segundo Gylson Ferreira, delegado da Polícia Civil de Goiás, é extremamente necessário efetuar o Boletim de Ocorrência para ser desenvolvidos estudos das regiões com maior índice de roubos, para ser requerido uma maior força policial nos locais. Além disso, vários celulares são recuperados e não são encontrados os proprietários, justamente por não ter sido realizado registro em alguma delegacia da cidade. 

O delegado ressalta que em caso de roubo ou furto, a vítima deve ir á uma delegacia com a nota fiscal ou algo que prove a propriedade do aparelho, como a caixa do celular onde possui todas as informações do eletrônico. 

Mercado negro

Ainda segundo a Polícia Civil, os receptadores usam disfarce, geralmente ficam com uma pasta na mão e uma mochila nas costas oferecendo chips de operadoras de telefonia móvel, quando alguém se aproxima eles oferecem os celulares. Aparelhos smartphones que tem valor de mercado que chegam a R$ 2 mil são vendidos em média a R$ 150.

A Polícia Civil passou a pedir desde 2015 o bloqueio dos aparelhos furtados ou roubados diretamente nas operadoras, por meio do Imei que é um número próprio de cada aparelho, porém, essa ação não parece ter desestimulado o volume de negócios no mercado negro. Após o crime, a maioria dos celulares são oferecidos abertamente em alguns pontos de aglomeração em Goiânia como no Centro, em Campinas e nas chamadas “feiras do rolo”, onde é disponibilizado objetos a preços menores aos de mercado.

A empresária Nathalia Veiga, vítima de roubo de celular na última sexta-feira em Goiânia, relata que conseguia acompanhar em tempo real a localização do aparelho pela internet, mas não conseguiu recuperá-lo. “A polícia deveria investigar os crimes ao menos no raio de ação que a localização do celular aponta, poderiam conferir a localização de todos os roubos e aprofundar para uma investigação mais abrangente”, lamentou a empresária. 

De acordo com a Polícia Civil, alguns cuidados são necessários para não facilitar a vida dos bandidos como, não deixar o aparelho à mostra quando estiver andando na rua ou em transportes públicos, procurar transportar o celular dentro da bolsa ou mochila fechada e em modo vibratório, não colocar os aparelhos em cima de mesas e balcões de lanchonetes, bares ou restaurantes e evitar falar ao celular com a janela do carro ou do ônibus aberta.
 

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