Escolas particulares começam a calcular reajuste para 2017
Em Goiânia, novos valores das mensalidades devem ser divulgados no mês de dezembro. No Distrito Federal e em São Paulo, sindicatos já apresentaram índice médio de 10%
Por: Redação
Wilton Morais
Com a proximidade do fim do ano letivo de 2016, escolas particulares de todo o País já começaram a calcular o reajuste das mensalidades para 2017. Os valores são estimados conforme o gasto da instituição com o ensino, sendo compatível a prestação de serviço. Diante disso, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe) informou que não existe uma disposição legal que determine o porcentual de reajuste mínimo e máximo para acréscimos na mensalidade.
A crise econômica é um dos fatores considerados pelos proprietários de escolas. O alerta para as instituição é que tenham cuidado na hora de calcular o índice. Caso seja apresentado de forma errada, a consequência é a perda no número efetivo de alunos. “As escolas possuem prazo de aproximadamente 40 dias, anterior ao início das aulas, para calcular esse reajuste. Só poderemos estimar os novos valores quando nos aproximarmos deste período”, afirma o presidente do Sepe, Flávio Roberto de Castro. Ainda de acordo com o sindicalista, os valores devem começar a ser estimados a partir de cinco de dezembro.
Para o diretor do Colégio Prepara Enem, Alexandre Pullig, o gasto com professores é um dos fatores que mais influencia o reajuste das mensalidades. “No ano passado, o reajuste ficou entorno de 10,8%, acredito que essa estimativa permanece para 2017. Mas, em outras instituições de Goiás este número pode chegar a 12% ou até 15%”.
Regiões
No Distrito Federal, a estimativa é que as mensalidades fiquem em torno de 10% a 15% mais caras em 2017. De acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particulares (Sinepe), o trabalho de calculo para o reajuste é complicado. Em geral os gestores das instituições privadas devem prever aspectos da economia para o ano seguinte. O sindicato disse esperar uma inflação de 7%, porém o índice pode chegar a 9%.
O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp) estima variação entre 8% e 12% no reajuste das mensalidades, em São Paulo. Apesar do número apresentado, o valor não considera a inflação como foi feito pelo sindicato do Distrito Federal. Com a aplicação da crise financeira, o Sieeesp orienta o diálogo entre as instituições de ensino, mesmo pensando no aspecto financeiro das escolas.
Em Uberlândia, o reajuste esperado pelo Sindicato das Escolas Particulares do Triângulo Mineiro (Sinep-TM) é de 8% a 12%. O valor é semelhante ao apresentado no final de 2015 para 2016, quando o índice foi de 10% a 12%. Apesar de a porcentagem ser menor, as mensalidades das escolas particulares de Uberlândia terão aumento maior do que a inflação prevista para 2017. A projeção é de 7,3%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no final de setembro.
