Pacientes em cuidados paliativos recebem ala especial no HGG

Espaço contará com sala de acolhimento familiar e atenderá pacientes portadores de doenças crônicas sem possibilidade de tratamento curativo

Postado em: 07-11-2016 às 15h25
Por: Toni Nascimento
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Espaço contará com sala de acolhimento familiar e atenderá pacientes portadores de doenças crônicas sem possibilidade de tratamento curativo


O Hospital Alberto Rassi – HGG implantou uma ala especial para pacientes sob cuidados paliativos. Na próxima terça-feira (8) às 8 horas, o espaço será apresentado ao secretário de Saúde, Leonardo Vilela, e demais autoridades. Serviço ainda pouco difundido no Brasil, os Cuidados Paliativos têm como objetivo controlar o sofrimento físico, psíquico, social e espirituais de pacientes com doenças sem tratativas de cura.
 
O espaço possui 10 leitos com equipamentos de tratamento intensivo, televisores, sistema de som, cadeiras para acompanhantes e uma sala de acolhimento para abordagens junto às famílias. 
 
Com a ala especial, o HGG, que é membro da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, torna-se pioneiro no tratamento paliativo de doentes crônicos não oncológicos no setor público em Goiás. “É um serviço inovador e fundamental para pacientes crônicos portadores de doenças sem possibilidades de cura. Esta modalidade de cuidados é oferecida principalmente na região Sul e Sudeste, e muitas vezes somente aos pacientes em fases final de vida ou com câncer e muitas vezes em serviços privados”, explica a médica geriatra e paliativista Ana Maria Porto Carvas.
 
Anteriormente a ala era voltada para a recuperação pós-cirúrgica dos pacientes submetidos às cirurgias de alto risco. “Por ser um hospital terciário, o HGG recebe muitos pacientes crônicos e com idade avançada, um reflexo natural do envelhecimento da população. Portanto, após diversos estudos, concluímos que transformação da ala contribui ainda mais com uma demanda reprimida no SUS”, explica.
 
Cuidados Paliativos
De acordo com a ANCP, os Cuidados Paliativos foram definidos pela Organização Mundial de Saúde em 2002 como uma abordagem ou tratamento que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida. Para tanto, é necessário avaliar e controlar de forma impecável não somente a dor, mas, todos os sintomas de natureza física, social, emocional e espiritual.
 
Desde abril de 2014, o HGG conta com o Núcleo de Apoio ao Paciente Paliativo (NAPP), formado pelos profissionais de diversas especialidades, como médicos, enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, farmacêuticos, odontólogos terapeutas ocupacionais e voluntários de apoio espiritual. 
 
Até o mês de outubro de 2016, a equipe atendeu 179 pacientes, sendo 86% na faixa etária acima de 50 anos. O atendimento ocorre para os enfermos portadores de doenças raras e em estágio avançado, como Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doenças reumatológicas, renais crônicos, cardiopatas, pneumopatas, demências e outras patologias crônicas.

Família
O Núcleo também atua com a família do paciente, oferecendo orientações importantes para o cuidado em casa, além de respaldo espiritual e psicológico. Dos pacientes tratados, 37% tiveram alta hospitalar, o que garante mais conforto e é um desejo para a maioria dos pacientes que sem encontram em fase de fim da vida ou com doença avançada.

(Com informações da  Idtech)
 
 

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