Guarda Civil Metropolitana de Goiânia descarta voltar a monitorar o Eixo

GCM alega que a Metrobus não cumpriu acordo. Passageiros temem o aumento da violência em ônibus e plataformas

Postado em: 09-11-2016 às 09h00
Por: Redação
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GCM alega que a Metrobus não cumpriu acordo. Passageiros temem o aumento da violência em ônibus e plataformas

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia colocou fim em julho as ações do programa Eixo Mais Seguro, encerrando assim a vigilância nas plataformas e terminais de ônibus da Praça da Bíblia, Praça A, Padre Pelágio, Novo Mundo e Dergo. Posteriormente, devido à falta de condições de trabalho da Guarda foi decidido que as ações de vigilância não irão retornar, pois não houve acordo entre a GCM e a Metrobus, responsável pela administração das linhas.

Em entrevista ao O Hoje, Valdimir Passos, subcomandante da GCM, afirma que foi necessário encerrar as ações em função da falta de condições de trabalho. Em acordo com a Metrobus foi decidido que a manutenção dos veículos seria providenciada pela empresa. “A nossa decisão ocorreu porque a Metrobus não cumpriu com parte do acordo que era manutenção das viaturas e combustível, os carros possuíam problemas mecânicos, eram levados para oficina, mas a empresa de transporte coletivo não arcou com os custos”, afirma Passos.

Nas plataformas do Eixo Anhanguera, vários passageiros temem o aumento do número de roubos. A recepcionista Maria do Carmo lamenta não ter a GCM na segurança dos terminais e plataformas. "Nós que usamos diariamente o Eixo, nos sentíamos pelo menos um pouco mais seguros com a Guarda presente, inibe um pouco a ação dos marginais. Agora, vejo diariamente pessoas indignadas porque foram roubadas a luz do dia nas plataformas”, opina a recepcionista.

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O pedreiro Luiz Santos relata que foi assaltado na última semana. Na manhã de quarta-feira (2), ao entrar no terminal, dois homens cada um com uma faca o abordou e pediu sua mochila, carteira e celular, entraram em um ônibus do Eixo e foram embora tranquilamente. "Os seguranças da Metrobus aqui é só para dizer que tem, nenhum deles fazem nada para inibir a ação dos ladrões, quando fui assaltado fui reclamar aos seguranças, eles só me informaram que eu devia registrar ocorrência em uma delegacia", afirma o pedreiro.

A Metrobus informou que sempre cumpriu o acordo estabelecido com a GCM, como manutenção dos veículos, abastecimento dos carros, plotagem e fornecimento de aparelhos celulares para as viaturas. Segundo a empresa de transporte, as demais medidas de segurança estão sendo tomadas, como o serviço de videomonitoramento, vigilantes particulares contratados pela empresa e o programa Terminal Seguro, que é desenvolvido pela Polícia Militar tem ajudado bastante na vigilância dos terminais e plataformas do Eixo Anhanguera.

Para a Polícia Militar, a operação Terminal Seguro existe há alguns anos e vem desenvolvendo ações diurnamente no combate a roubos e furtos nos terminais e plataformas do Eixo Anhanguera. A operação conta com cinco viaturas com dois PM’s em cada veículo, realizando monitoramento de toda a linha do Eixo. Segundo a PM, bons resultados foram alcançados com prisões de suspeitos, apreensões de armas de fogo e armas brancas, além de inúmeros carros recuperados.

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