Lixo automotivo toma ruas da Canaã

Os moradores das Vilas Canaã e Mauá, Região Sudoeste de Goiânia, enfrentam problemas com a quantidade de lixo esparramada nas vias públicas

Postado em: 10-11-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Lixo automotivo toma ruas da Canaã

Os moradores das Vilas Canaã e Mauá, Região Sudoeste de Goiânia, enfrentam problemas com a quantidade de lixo esparramada nas vias públicas e calçadas. Carcaças automotivas e lixo comum dividem espaço com carros e pedestres, prejudicando a circulação. Apesar de a reclamação ser constante, o presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Edilberto Dias, garante que o trabalho de limpeza na região é realizado diariamente, com operação especial aos domingos.
A vendedora de doce Adriana Orzela reclama da visão negativa que o lixo esparramado provoca. “Vemos uma rua triste e inunda. Aqui sempre foi assim, e hoje (ontem) mesmo já chutei algumas peças de carros ao tropeçar”, conta. Já o administrador de obras Hugo Vinicíus queixa-se que os materiais de veículos se destacam, em meio à avenida. “Encontro vários pedaços de carro nas calçadas, nas vias a situação e da mesma forma”, lamenta.
Segundo Edilberto, a falta de consciência por parte da população é o principal motivo para o descaso, mas também frisa que os empresários também têm parcela de culpa na questão. “Eles deviam colocar um contêiner naquela área para remover o lixo de grande porte”.  Materiais como entulho industrial, para pára-brisas entre outros também são encontrados na região.
Dias também assevera que a falta de legislação punitiva, que auxiliaria a mudança de comportamento, também contribui para o mal estado das avenidas. “Temos um trânsito intenso naquela região, então o trabalho de limpeza durante o dia fica impedido nesses horários. Quando a Lei do lixo estiver regulamentada iremos multar quem jogar o lixo nas vias de Goiânia”, afirmou.
Para auxiliar no descarte, pelo menos três ferros velhos atuam na região, instalados na Avenida General Couto de Magalhães. “Ajudamos bastante na remoção dessas peças, mas só podemos pegar as que estão disponíveis. Nem sempre os materiais depositados nas calçadas estão à disposição. Os proprietários das lojas devem nos autorizar”, disse, Cássio dos Santos, funcionário de um dos ferros velhos da região.
A respeito da remoção de peças veiculares das vias, a Secretaria Municipal de Trânsito (SMT), informou que está autuando veículos inteiros e que estão em desconformidade com o Código de Trânsito Brasileiro. Sobre a ocupação das calçadas a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) informou que auditores fiscais realizam constantes vistorias na região. 
Segundo a Seplanh, as operações visam inibir a prática de ocupação das calçadas, realizando notificações de proprietários para liberação do passeio público. Além disso, uma equipe do órgão será encaminhada as vias para reforçar a fiscalização. (Wilton Morais)

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