Após conflito, sindicato deve realizar consulta eletrônica

A decisão de realizar a consulta eletrônica foi motivada após desentendimento de professores e estudantes na última assembléia de docentes

Postado em: 11-11-2016 às 08h22
Por: Renato
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A decisão de realizar a consulta eletrônica foi motivada após desentendimento de professores e estudantes na última assembléia de docentes

Wilton Morais

O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) fará uma consulta eletrônica para definir os próximos passos em relação ao posicionamento dos professores da Universidade Federal de Goiás (UFG). A medida irá decidir a possibilidade de greve contra a Proposta de Emenda a Constituição, a PEC 55/241 que congela os gastos públicos por 20 anos, em tramitação no Senado Federal. A decisão de realizar a consulta eletrônica foi motivada após desentendimento de professores e estudantes na última assembléia de docentes na quarta-feira (9). Hoje, os professores estão em paralisação contra as medidas do governo.

De acordo com o presidente da Adufg e professor, Flávio Alves da Silva, a consulta com os docentes se iniciou ainda na tarde de ontem (10) e irá até a sexta-feira (18), às 18 horas. Poderão votar professores afiliados e não afiliados ao sindicato e o resultado da consulta, assim como a decisão de greve será divulgada às 8 horas do sábado (19). “Não temos a possibilidade de realizar uma nova assembléia por conta da falta de segurança na universidade, enviaremos uma consulta eletrônica no e-mail de cada professor da instituição”, disse o sindicalista.

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O professor considera ainda a possibilidade de a greve não ser aprovada. “Em consulta informal no site do sindicato, observamos que 80% dos professores não são favoráveis a greve.”, contou Flávio Silva. O presidente também estimou que dos 700 professores presentes na última assembléia, apenas 200 seriam favoráveis a greve. “Quando os estudantes que invadiram a assembléia perceberam que a Adufg não aprovaria essa paralisação, eles partiram para a agressão verbal e física. Eu fui empurrado em uma escada e tive o meu carro depredado, com pneus furados e outros danos”, contou

Contradição 

Em uma publicação do dia (8) na rede social Facebook, o sindicalista se desculpou de uma conversa privada com um aluno, na qual foi divulgado o seu posicionamento contra a greve. De acordo com a publicação, o sindicalista teria incitado um estudante a persuadir professores a não aprovarem a greve. “Foi uma única conversa que não devia ter acontecido. Sei que errei na forma que falei com o aluno, mas são coisas que acontece. Peço desculpas aos que se ofenderam”, disse na publicação 

Sobre a presença de estudantes na assembléia, o docente disse na publicação, “na próxima [assembléia que aconteceu no dia (9)], vou consultar sobre a entrada de alunos”. No momento da decisão os docentes optaram na assembléia pela não entrada dos estudantes. Por fim, no final da publicação o professor, pediu a união entre as categorias e os estudantes. “O momento exige ponderação e união entre nós professores, técnico-administrativos e estudantes contra a PEC 55/241. Ataques e disputas internas só nos enfraquecem contra o governo”, disse.

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