Polícia investiga possível abuso

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon), investiga, atualmente,

Postado em: 16-11-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon), investiga, atualmente, se o aumento de preços de combustível em Goiânia realizado no início do mês de outubro foi abusivo. O inquérito foi aberto após investigação do Procon Goiás, com diligências realizada entre os dias 7 a 21 de outubro.
O Procon enviou para a Decon os documentos para solicitar a abertura de inquérito policial que apurasse indícios de crimes contra as relações de consumo, incluindo a prática de cartel. De acordo com o delegado Webert Leonardo, foram instaurados oito inquéritos e solicitados levantamentos que possam comprovar se o aumento de preço foi, ou não, abusivo.
Ele afirmou que a investigação está em curso e, por isso, não seria possível divulgar maiores informações sobre as diligências. Contudo, ainda não é possível afirmar que os postos de gasolina praticam o alinhamento de preços. Ele explicou que, no final do ano passado, a prática foi identificada, mas desta vez o caso é diferente.
“O cartel é configurado pelo alinhamento planejado de preços para dar prejuízos à concorrência. Àquela época, enviamos o inquérito ao judiciário já que havia uma diferença de 1 centavo entre os postos. Dessa vez, os postos aumentaram ao mesmo tempo, mas há diferença de mais de 20 centavos”, explicou.
O titular da Decon afirmou que, agora, a polícia busca descobrir se houve algum tipo de acréscimo no preço em que a gasolina é comprada das distribuidoras e se há indícios ou não de um aumento abusivo.

Preço elevado
Durante a semana de 6 a 12 de novembro, segundo o levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a gasolina em Goiânia foi a terceira mais cara entre as capitais. Com um preço médio de R$ 3,911 ficou atrás apenas de Rio Branco (R$ 4,07) e Rio de Janeiro (R$ 3, 981).
O valor chama ainda mais a atenção se comparado, por exemplo, com o encontrado em Brasília. Na capital federal, distante apenas 200 km de Goiânia, o combustível pode ser encontrado por R$ 3,467 — o quarto menor preço do país, à frente apenas de São Paulo (R$ 3,454), Campo Grande (R$ 3,364) e São Luís (R$ 3,345).
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás e Tocantins (Sindiposto), José Batista Neto, a diferença no valor cobrado no litro da gasolina entre cidades tão próximas tem explicação. “Brasília é outra unidade da federação, tem outro comportamento de tributação”, afirmou.

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