Projeto garante auxilio em segurança

Ação permite melhor comunicação entre vizinhos e a polícia. Índices de criminalidade são mantidos estáveis com a novidade

Postado em: 19-11-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Ação permite melhor comunicação entre vizinhos e a polícia. Índices de criminalidade são mantidos estáveis com a novidade

O projeto ‘Vizinhança Solidária’ possui por finalidade, auxiliar a segurança dos moradores do Conjunto Caiçara, em Goiânia. Idealizado após aprimoramento do programa Segurança Comunitária, já extinto, os moradores do conjunto conseguem alertar diariamente, a polícia e outros moradores dos perigos na vizinhança. Um grupo de WahtsApp e o número da viatura da região, além do monitoramento de veículos do setor, são meios utilizados pela população para garantir o bem estar e a segurança.
Para a professora de educação física Regina Célia Ribeiro, a proposta proporciona um sentimento de segurança no bairro. “Temos apenas duas entradas ou saída no bairro, é quase um condomínio aberto com passagem de muitas pessoas. O fluxo das ruas da Vila Pedroso e da BR-153 passam por aqui, então temos a necessidade de uma maior segurança”, disse a moradora. 
O morador e participante do projeto, professor de geopolítica, Rômulo Pessoa considera importante o trabalho, mas alerta que o programa não garante a segurança por completo. “Fui assaltado após a implantação do projeto. Mesmo assim, equipei minha casa com concertina, câmaras e ampliação de mais um metro dos muros. Na casa da esquina, na mesma semana levaram um carro. Considero também a redução do policiamento, mas com certeza o programa reforça a segurança”. 

O projeto
O presidente da Comissão de Segurança da Associação de Moradores do Conjunto Caiçara, Vanderlei Azevedo Gomes, explica que mesmo com alguns furtos e roubos, a iniciativa permitiu que o número dos índices desses crimes se mantivessem estáveis. Conforme Vanderlei, as mensagens só são repassadas pelos moradores, quando eles realmente possuem certeza ou conhecimento do real perigo. “Em cada rua do setor há um líder responsável, por auxiliar esse projeto. A ele é atribuída à tarefa de filtrar as mensagens dos seus vizinhos, aquela informação que é necessária cabe ao líder estimular a denuncia”. 
Os moradores de onde o programa é presente recebem da associação um Kit Vizinho Solidário, composto por uma placa de segurança colocada na portão das residências, um apito para avisar sobre atitudes suspeitas, adesivos para carro e moto destinados à identificação dos moradores, além de um chaveiro com o número do telefone da viatura local. O trabalho também utiliza de outros aspectos para auxiliar a segurança. 

Infiltração 
É comum ainda, através de profissões mais acessíveis, suspeitos tentarem infiltrar no programa. “Quando um morador contrata um pedreiro, pintor ou aluga sua residência, ele tem o cuidado em saber quem está prestando o serviço, ou alugando a casa. Sendo assim, o morador pode e tem o direito de pedir um documento, para por meio da Policia Militar, consultar antecedentes criminais”. Para Vanderlei a consulta é uma informação que muitas pessoas não sabem, mas que pode ser feita gratuitamente. 
Diariamente, pessoas com intenções inapropriadas procuram entrar no grupo. Mas com o trabalho dos lideres de ruas, a manutenção do programa é garantida. “Conversamos essa pessoa, dizemos que vamos analisar, que futuramente a colocaremos no grupo. Conhecemos os nossos vizinhos, assim podemos filtrar aqueles que possuem uma segunda intenção”. 
 

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