Guarda-corpos oferecem riscos em Goiânia

Apesar da população questionar, engenheiro diz que é necessário vistoria técnica nos locais

Postado em: 06-12-2016 às 11h36
Por: Renato
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Apesar da população questionar, engenheiro diz que é necessário vistoria técnica nos locais

Wilton Morais

A população da região Sul de Goiânia tem manifestado queixas
quanto à segurança da ponte sobre o rio que corta a avenida T-7, entre as
avenidas T-3 e C-2. No local, a prefeitura de Goiânia, por meio da Companhia de
Urbanização (Comurg), instalou um guarda-corpo na ponte. A pouco menos de dois
meses, não havia nenhum tipo de proteção no local. O problema é que a proteção
é muito baixa, segundo os pedestres que transitam pelo local o que não passa
segurança e pode causar algum acidente.

Para o guarda civil municipal Franscisco Souza, morador da
região, a proteção deveria ser mais alta. “Se um carro desgovernado passar por
aqui, essa proteção não irá evitar nenhum acidente”, disse. Para ele, a chuva
pode ser um agravante. “Aqui é uma área que passa bastante enxurrada quando
chove. Com uma chuva muito forte, motociclistas podem ser arrastados”.

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Já o vendedor Clodoaldo Nascimento, acredita que a altura
menor que um metro, não é suficiente para proteção. “Qualquer criança poderia
passar para o outro lado do guarda-corpo. Pular a proteção é muito fácil”,
disse.

Padrão

Segundo o professor Daniel de Lima Araújo, da Escola de
Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Goiás (UFG), não é
possível dizer se o guardo-corpo metálico oferecem algum risco aos usuários.
Para isso é preciso uma vistoria técnica ao local. “O guarda-corpo é um
elemento obrigatório nas pontes que possuem passagem de pedestres. A Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da norma técnica de 2013,
determina o valor do carregamento mínimo horizontal que deve ser considerado no
projeto dos guarda-corpos”, explica.

De acordo com o professor, o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT), sugere modelos de guarda-corpos metálicos
a serem utilizados em pontes rodoviárias.“De modo geral, eles devem possuir
barras verticais espaçadas de 12 a 18 cm de modo a evitar passagem de pessoas
por baixo do corrimão”, orienta.

Daniel conta que não há previsão no manual do DNIT de um
guarda-corpo semelhante ao da T-7, com uma tela entre os montantes, o que
também não acusa diretamente que o mesmo esteja errado. “De qualquer forma, o
importante é garantir que o guarda-corpo seja projetado para o carregamento
horizontal previsto na NBR 7188 [norma técnica da ABNT], de modo a evitar a sua
ruptura, e que seja garantida uma proteção para evitar a passagem de pedestres
sob o corrimão”.

Medidas

No início do mês de setembro, a reportagem do O Hoje esteve
no mesmo local. Na ocasião, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços
Públicos (Seinfra), informou que uma equipe seria encaminhada à área. O grupo
iria averiguar o problema é realizar os reparos na ponte. Procurada mais uma
vez para esclarecer se a atual proteção segue os padrões exigidos pela
legislação, o órgão disse, em nota, que a obra não foi executada pela Seinfra.
“Provavelmente [foi executada] pela empresa que está fazendo o corredor de
ônibus T-7 ou a Comurg”, disse o texto.

O presidente da Comurg, Edilberto Dias, disse ao O Hoje, que
a proteção da T-7 foi instalada pela Companhia. Mas explicou que a empreiteira
responsável pelo corredor da T-7, ainda não entregou a abra. Dessa forma, a
empresa é a responsável pela adequação correta do guarda-corpo.

Avenida T-8

O guarda-corpo da avenida T-8, também tem chamado a atenção
de moradores. “Não tem proteção, a grade tem que ser fechada. Ciclistas,
motociclistas, pedestres, todos correm o risco de cair aqui com uma proteção
aberta”, disse a cozinheira Marilda Jovelina.

A respeito dessa proteção, o professor Daniel explica que
existe uma possibilidade de guarda-corpo em alumínio com barras verticais
(postes) espaçadas de até 2,5 m com uma barra horizontal. O que pode ser uma
solução para o guarda-corpo.

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