Paralizado, corredor da T-7 ficará para 2017

Iniciadas em fevereiro de 2015, obras já vão completar um ano de atraso. CMTC aponta clima como uma das causas

Postado em: 09-12-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Iniciadas em fevereiro de 2015, obras já vão completar um ano de atraso. CMTC aponta clima como uma das causas

Wilton Morais

Inicialmente previsto para ser entregue em fevereiro deste ano, as obras do corredor da Avenida T-7, ficarão para a próxima gestão da prefeitura. Sem estipular datas exatas, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) informou que o trabalho prático na avenida só poderá ser reiniciado após o período de chuva. Desde o inicio das obras, em fevereiro de 2015, a previsão de entrega inicial não foi cumprida, causando adiamento para outubro de 2016, o que não ocorreu. 

O mecânico Cleomar Martins, conta que não tem observado alterações na via. “As calçadas, por exemplo, não estão bem feitas. Deixaram pedaços sem construção”. Em algumas partes do trecho – buracos no asfalto, locais sem a camada asfáltica e meio-fio quebrado – também geram transtornos a população.

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Desde outubro, a parte do trecho cicloviário continua parada, apenas 85% das obras foram realizadas. Conforme o diretor técnico da CMTC, Sávio Afonso, a pavimentação da Rua 1 e da Avenida Portugal, em ambos os sentidos do Setor Oeste já foi realizada. Falta apenas à sinalização horizontal, que também depende de estiagem. Na Avenida C-4 até a Avenida Araxá, no limite do setor Jardim América com o Setor Sudoeste, a CMTC deve retirar a pavimentação antiga, por meio de frenagem. 

“Passamos por uma experiência negativa. Em alguns pontos, a capa asfáltica antiga, removida pelas maquinas, causou muita poeira ou lama, variando em períodos de seca e chuva. Isso acontece porque o maquinário retira de forma igual, cinco centímetros, em todas as partes do asfalto. É impossível deixar de aparecer terra, nesses locais”, explicou Sávio.

Continuidade 

De acordo com a CMTC, nada poderá ser feito no corredor, enquanto a Capital não tiver dias de sol. “Não há como nem instalar os abrigos do transporte público”, disse o diretor da CMTC. “Até poderíamos colocá-lo, mas estaríamos com problemas com as calçadas. É um trabalho que precisa de tempo seco, por causa do concreto”, concluiu Sávio. As novas calçadas, que estão sendo mudadas pela CMTC, serão adotadas a padronização de acessibilidade universal, estabelecida pela prefeitura em lei. 

Para o comerciante Roberto Rodrigues, “não há obras”. Ele conta que as obras estão paradas a pouco mais de cinco meses. Por outro lado, apesar de não se agradar com o mato auto, a bancaria Neli Angélica, considera como “legal” os espaços já construídos. “Ando bastante nas calçadas. Mas muitos lugares não foram tocados”.

Já os procedimentos burocráticos da obra estão sendo realizados normalmente. “Medições de serviços estão sendo executadas. Quando as obras forem retomadas por completo, estaremos com esses problemas resolvidos, podendo nós preocupar apenas com o corredor”.

Finanças

O valor inicial para a obra foi de R$ 32,8 milhões. Mas segundo o diretor técnico da CMTC, o valor final será aproximado à R$ 33 milhões. “Não teremos problemas financeiros com essa obra. Em algumas tabelas de preço, tivemos aumento. Mas no geral as reduções se sobreporão”, disse Sávio.

O corredor da T-7 terá 10,4 quilômetros de extensão, proporcionando beneficio na fluidez e segurança no trânsito de carros, ciclistas e pedestres. Passam pela avenida diariamente 13 linhas de ônibus e mais de 103 mil pessoas. 

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