Seguro para celular gera reclamações

Procon registra 338 ocorrências neste ano. Irregularidade contratual é a principal causa

Postado em: 11-12-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Procon registra 338 ocorrências neste ano. Irregularidade contratual é a principal causa

Wilton Morais 

De janeiro a novembro desse ano, a Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon) registrou 338 reclamações quanto a seguros de celular, em Goiás. As reclamações são referentes ao não cumprimento ou a problemas com rescisão contratual. A supervisora de atendimento do Procon, Renata Fleury explica que em alguns casos, o consumidor chega a acionar o serviço, mas a seguradora não realiza o pagamento. 

“O cliente envia o boletim de ocorrência e descreve o fato. Mesmo assim, a seguradora a demora efetuar o pagamento ou em alguns casos nem pega a indenização. Outras vezes, por enrola ou demora do consumidor ou outros fatores o serviço é comprometido”, disse Fleury. 

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Após comprar um aparelho de celular, o almoxarife Leandro Felipe foi assaltado próximo a sua casa. Na época, Leandro não conseguiu registrar o boletim de ocorrência, por conta de uma greve da policia. Mesmo contatando a seguradora, e enviando os demais documentos, o auxiliar não foi ressarcido. “Cheguei a procurar o Procon, mas não foi possível fazer nada. De toda forma era necessário o boletim de ocorrência”, conta o almoxarife.

O contrato é a principal causa de reclamações.  Do total registrado, 308 reclamações são por irregularidades contratuais. “A falta de conhecimento é um dos motivos. O consumidor, em muitas ocasiões não sabe como acionar o seguro. Alguns desconhecem até mesmo a franquia”, explica a superintendente.

A segunda parcela de reclamações se refere ao não pagamento da indenização. São 30 reclamações até novembro. Para estes casos, por meio de audiência de conciliação, o Procon solicita que a empresa pague o abjeto ao consumidor.

Contrato 

O corretor de seguros Douglas Calazans alerta que um bom vendedor de seguros consegue sanar as duvidadas da clientela. “Abrangências, coberturas que estão sendo contratadas são duvidas frequentes nesse momento”. 

De acordo com o corretor, as seguradoras costumam variar o preço do contrato, para cada modelo de aparelho. “Essas empresas levam em consideração a região em que o segurado reside, idade e o tempo de uso do aparelho”. Jovens com idade de 22 a 35 anos, são os que costumam contratar o seguro com maior freqüência. O motivo é a insegurança do grupo, explica Calazans.

Na loja

A venda de seguros de outros Estados da Federação é recorrente nas lojas virtuais e fixas. Para a superintendente do Procon, a contratação desconhecida pode ser um problema. “O consumidor não sabe se a seguradora é idônea. O ideal e que se não contrate”, orienta.

Para todos os casos, o consumidor pode procurar o órgão do consumidor para registrar problemas com o seguro. “Na venda do produto nenhum consumidor é obrigado a contratar o seguro, o que configura venda casada”.  Mesmo que a seguradora seja de outro estado, o consumidor pode contratar o serviço e realizar reclamações no Procon de Goiás.

 

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