Metalúrgicos de Goiás ameaçam greve na segunda

Com paralização dos trabalhadores de Catalão, Sindmetana ameaça greve geral caso a Mitsubishi não atenda as reivindicações dos trabalhadores

Postado em: 14-12-2016 às 09h41
Por: Sheyla Sousa
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Com paralização dos trabalhadores de Catalão, Sindmetana ameaça greve geral caso a Mitsubishi não atenda as reivindicações dos trabalhadores

Caio Marx

Depois dos trabalhadores da montadora Mitsubishi de Catalão não aceitarem a proposta de acordo coletivo apresentada pela empresa, foi deflagrada greve desde a última sexta-feira (9). O Sindicato dos Metalúrgicos de Anápolis (Sindmetana) apoiam a greve e ameaçam paralisação total dos metalúrgicos a partir da próxima segunda-feira (19) caso as reivindicações não sejam atendidas pela montadora.

Em entrevista a reportagem do O Hoje, o presidente do Sindmetana, Reginaldo José Faria, afirmou que oito diretores do sindicato de Anápolis já estão em Catalão reunidos com Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat) apoiando as reivindicações dos trabalhadores. “Nossos diretores foram representar a Sindmetana nos protestos em Catalão, caso não ocorra negociação com a montadora até a próxima sexta-feira (16), todos os metalúrgicos ligados ao sindicato estarão em greve a partir da próxima segunda-feira (19)”, afirmou Reginaldo Faria.

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Ainda de acordo com o presidente, caso as reivindicações não sejam atendidas, a intenção dos sindicatos é paralisar 80% das montadoras de todo o país, incluindo montadoras de Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo para assim poder pressionar a montadora.  

De acordo com a Simecat, o principal motivo da paralisação foi o descumprimento do acordo firmado ano passado. A campanha salarial foi lançada em 29 de setembro, desde então, os representantes da Mitsubishi estão sendo irredutíveis nas negociações. A montadora ofertou 8% de reajuste salarial a partir de janeiro/2017, 8% de aumento no cartão alimentação, cartão alimentação dobrado em dezembro e R$ 1.660 de abono.

As reivindicações dos metalúrgicos é 8,5% de reajuste salarial, pois corresponde à inflação do período da data-base, 8,5% de aumento no cartão alimentação, cartão alimentação dobrado em dezembro e R$ 3.500 de abono. De acordo com o Simecat, o valor do abono salarial foi prometido pela empresa que seria pago normalmente este ano, no entanto, está sendo negado. Segundo o sindicato, os trabalhadores não abrirão mão, pois é uma conquista de vários anos de luta. 

O presidente do Simecat, Carlos Albino, viajou para São Paulo na última segunda-feira (12) para reunião com os diretores e o presidente nacional da Mitsubishi com objetivo de discutir as reivindicações, porém, a montadora não apresentou nenhuma proposta diferente, mantendo a oferta já proposta aos metalúrgicos. 

Ainda de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão, está marcado para a manhã de hoje, uma assembléia na porta da empresa, onde todos os metalúrgicos se reuniram, posteriormente, será realizado um panelaço no centro da cidade de Catalão. A Mitsubishi informou á reportagem do O Hoje por meio da assessoria de imprensa, que no momento não será dado esclarecimentos por parte da montadora. 

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