Laboratório de refino de cocaína é desarticulado em Abadia de Goiás

No local, a Denarc apreendeu 35 quilos de cocaína, parte dela já pronta para distribuição, além de pasta-base

Postado em: 15-12-2016 às 14h30
Por: Redação
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No local, a Denarc apreendeu 35 quilos de cocaína, parte dela já pronta para distribuição, além de pasta-base

Um grande laboratório de refino de cocaína localizado no
setor Porto Seguro, em Abadia de Goiás, foi desarticulado nesta quinta-feira
(15). De acordo com a Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), no
local, foram apreendidos 35 quilos de cocaína, parte dela já pronta para
distribuição, além de pasta-base e “escama de peixe”, droga refinada na origem
com alto grau de pureza. A operação foi batizada de “Operação Ancião”.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Vinícius
Teles, o laboratório era guarnecido por duas prensas industriais, uma delas com
capacidade de 60 toneladas (a maior já apreendida em um laboratório clandestino
em Goiás), dezenas de formas, insumos destinados à manipulação da droga
(fenacetina, ácido bórico, entre outros), balanças de precisão, etc.

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No imóvel os policiais prenderam Orlando Gregório Torrico,
também conhecido como Auricélio da Paz, já condenado em duas oportunidades por
tráfico de drogas no Tocantins e em Goiás por uso de documento falso. Em
Hidrolândia, no Loteamento Grande Goiânia, foram presos outros integrantes do
bando: Reginaldo Oliveira Andrade, sua esposa Raquel Rodrigues Marinho e o
líder da associação criminosa, Manoel Francisco de Oliveira Paes. Com Reginaldo
e Raquel havia um quilo de pasta base, insumos e uma balança de precisão.

Manoel, já com 63 anos (o que deu o nome à operação), tem
condenações por tráfico de drogas (1985, 1998, 2000, 2006 e 2008, nos Estados
em Rondônia e Acre), estelionato (1997/AC) e homicídio (1986/AC). Coordenador
da associação, ele ia mensalmente a Porto Velho (RO), onde adquiria entre 30 e
40 quilos de pasta-base de cocaína, que posteriormente eram manipulados no
laboratório de Abadia.

Orlando era responsável apenas pela guarda do imóvel. Raquel
foi detida porque tinha plena ciência e disponibilidade da droga que se
encontrava em sua casa. A associação conseguia, após a inserção de insumos,
praticamente dobrar o volume da droga, vendendo entre 70 e 80 kg de entorpecente/mês
a traficantes de Goiânia e Tocantins.

As investigações continuarão em parceria com as Polícias
Civis do Tocantins e Rondônia, para que sejam identificados os traficantes que
forneciam e adquiriam as drogas. Os autuados responderão por crimes de tráfico
de drogas, petrechos para produção de drogas e associação para o tráfico,
podendo pegar, caso condenados, até 41 anos de reclusão e multa. 

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