Estado deve recuperar R$ 19 milhões com autuações de ‘gato’ de energia elétrica

Foram autuadas indústrias de vidro e plástico, supermercados e postos de combustíveis

Postado em: 16-12-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Foram autuadas indústrias de vidro e plástico, supermercados e postos de combustíveis

Bruna Policena 

A Operação Curto Circuito realizou neste mês de dezembro a ação de repressão ao furto de energia em grandes consumidores, conhecida como um “gato sofisticado”. Foram autuadas indústrias de vidro e plástico, supermercados e postos de combustíveis. A investigação foi fruto da parceria da Polícia Técnico-Científica do estado com a Delegacia do Consumidor e a equipe de fiscalização da Celg.

De acordo com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), foram autuadas 11 empresas e os prejuízos estão em torno de R$ 35 milhões, que será integralmente cobrado dos responsáveis pelas unidades consumidoras criminosas, dentro do período do furto, segundo o integrante da operação delegado Frederico Maciel. 

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Até o momento, já foram cumpridos seis mandados de busca e instaurados 11 inquéritos policiais para apuração da autoria dos crimes. E a assessoria da Decom afirma que a ação poderá gerar uma receita estimada aos cofres da Celg nos próximos 12 meses de aproximadamente R$ 48 milhões, sendo que R$ 29 milhões serão destinados à Celg e os 19 vão para os cofres do Estado, já que a população arcou indiretamente com os gastos fraudados das empresas.

Fraude

Segundo a Decon, as suspeitas surgiram após o indício de manipulação do consumo, já que as contas destas empresas eram de valor muito baixo para o tamanho do estabelecimento e logo, para o uso considerável que era necessário fazer da energia para abastecer o local.  A Central de Telemetria da Celg identificou as alterações e levantou a suspeita do uso deste aparelho ilegal para alterar os valores.

As fraudes nos registros estão sendo investigadas há cerca de um ano e meio e segundo a equipe da operação e fiscalização, essas empresas usam de um equipamento ilegal, que inibe o sinal de energia elétrica que normalmente é percebido pelo medidor regular de qualquer empresa ou residência. E assim, deixou de ser cobrados desses grandes consumidores aproximadamente 50% a 70% da energia.

E a energia roubada cai na conta dos outros usuários, consumidores pequenos de energia. Dentro das portas dos leitores de energia, essas empresas fraudulentas instalaram sensores que desativam o tal aparelho, usado para adulterar a medição de consumo, na hora que os fiscais da Celg vão medir o gasto de energia do mês, evitando descobrir a fraude.

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