A poucos dias do Natal, movimentação no comércio ainda é baixa

Wilton Morais

Honrando o jeito brasileiro de ser, a cinco dias do natal, a maioria dos goianienses ainda não saiu para realizar as compras da ceia. Para o funcionário publico Vanderley Rocha Nogueira, deixar para a última hora pode ser uma boa opção para encontrar mercadorias mais baratas. “Costumo comprar no último instante, além de encontrar mercadorias mais frescas, creio que a limpeza de estoque torna os preços mais em conta. Os valores mudam bastantes do inicio da semana para o dia da véspera do natal”, disse.

A consultora na área de alimentos Fabrízia Junqueira confirma a idéia de preços baixos na véspera da festividade. “No dia 24, produtos como aves natalinas, hortaliças e frutas costumam ficar bem mais em conta. Para bebidas o efeito não é tanto”. Conforme a consultora, em alguns supermercados o preço do peru pode variar de R$ 15 nesta terça-feira (20), para R$ 9 ou R$ 10, o quilogramas, no sábado (24). 

“O que costumo considerar muito é a marca dos produtos. Geralmente esses produtos possuem preços elevados. Eu busco outras marcas como alternativas”, contou Vanderley ao observar o panetone. O preço do produto caseiro estava na faixa de R$ 7 para aproximadamente meio quilo. Com marcas de renome, o valor variava de R$ 18, R$ 24 e até R$ 74, com embalagens especiais.

Alternativas 

Para melhor realizar as compras nesta semana, a orientação dos órgãos de consumo é pesquisar e ficar atento aos erros e golpes com as lojas cheias na véspera de natal. Observar se o estabelecimento está cumprindo e garantindo o direito à informação, são formas de evitar o engano na hora de comprar mercadorias com preços elevados. 

“Esse natal está um pouco devagar. Dividir os pratos entre os familiares ajuda bastante para organizarmos a ceia. Isso ajuda o desempregado e até mesmo deixa a ceia em conta”, disse a funcionaria publica Valeria de Figueiredo.

Ceia elevada

Para este ano, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) aponta que a ceia de natal do brasileiro deve ficar 10,19% mais cara em comparação com o ano passado. Produtos como vinho, que apresenta grande variação de preços, considerando marcas e qualidade teve maior aumento de preços. O vinho e as frutas secas tiveram aumento 16,95% e 16,91% respectivamente. O reajuste foi maior ainda quando ao se tratar do azeite que subiu 17,52% este ano. 

Os reajustes da ceia de Natal para este ano foi acima da média registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor da FGV no período de dezembro do ano passado a novembro de 2016. A inflação nesse período foi de 6,76%. Ainda na manhã de hoje, o Procon Goiás divulgará uma pesquisa de preço regional sobre a ceia natalina e as respectivas variações.