Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Operação apreende R$ 1 mi em roupas de Jaraguá

Foram apreendidos cerca de R$ 27 mil em espécie e 20 mil peças de roupas falsificadas

Postado em: 22-12-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Operação apreende R$ 1 mi em roupas de Jaraguá
Foram apreendidos cerca de R$ 27 mil em espécie e 20 mil peças de roupas falsificadas

Caio Marx

Após dois anos de intensas investigações, foi deflagrada a operação Piratas do Cerrado pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), em parceria com 15º DRP (Goianésia). O objetivo da ação é a repressão à produção de roupas pirateadas dentro de Goiás. A operação resultou na apreensão de mais de 20 mil peças de roupas adulteradas em Jaraguá, com valor equivalente a R$ 1 milhão, além da apreensão de R$ 27 mil em espécie.

As investigações foram coordenadas pelos delegados Webert Leonardo (Decon) e Marco Antônio (Regional de Goianésia). Apoiaram os trabalhos o GT3, policiais civis e militares das cidades de Goianésia, Itapaci, Anápolis e Pirenópolis. As equipes cumpriram 11 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisões preventivas, um mandado de condução coercitiva, além de seqüestro de bens móveis e arresto de bens imóveis.

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Os artigos de vestuário apreendidos ostentavam marcas de renome nacional e internacional, a exemplo de Calvin Klein, Diesel, Colcci, Dudalina, Hollister, John John Carelli, Lacoste, Fórum, Aleatory, Lança Perfume, entre outras. De acordo com a Polícia Civil, a operação tem como finalidade combater a concorrência desleal, proteger as relações de consumo e resguardar a arrecadação fiscal.

Os investigados irão responder por associação criminosa, sonegação fiscal, crimes contra as relações de consumo, lavagem de dinheiro, crime contra as marcas e patentes, além de outros crimes correlatos, em consonância com as circunstâncias específicas de cada investigado.

Mercado 

A cidade de Jaraguá, no interior do estado de Goiás onde foi realizada pela Polícia Civil a Operação Piratas do Cerrado é um dos maiores centros de produção de roupas falsificadas do Brasil, tornando a cidade uma espécie de pólo produtor dessa prática. Entre os problemas que a roupa falsa causa na indústria, está à evasão de impostos, fazendo com que as indústrias lícitas não consigam competir com os produtos de preço falsificados de valor baixo. 

Entre todas as marcas nacionais, a mais pirateada do Brasil é a Dudalina, o sucesso da empresa veio após grandes empresários e apresentadores de programas televisivos usarem a marca. A Dudalina se tornou sonho de consumo de uma classe consumidora sem condições de pagar cerca de R$ 320 por uma camisa.  No mercado pirata, as mesmas peças da marca variam entre R$ 50 a R$ 100, tornando possível comprar cinco ou seis cópias com o valor pago por uma peça original. 

Para combater a falsificação do seu produto, a marca gasta em média R$1,2 milhão por ano, com a contratação de investigadores para desmantelar o processo, além de escritórios de advocacia no Brasil, Paraguai e Peru. Com isso a empresa conseguiu eliminar cerca de 100 sites de vendas de roupas falsificadas por dia. Nas ruas as apreensões diárias giram em torno de 300 a 3.500 peças entre os vendedores ambulantes. O consumidor deve estar sempre atento ao comprar roupa falsificada, pois está financiando um crime.

 

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