Prefeitura deixa obra paralisada no Centro

Caio Marx

A implantação de uma nova configuração viária no cruzamento da Avenida Oeste com Rua 74, no Setor Central, em Goiânia, estava prevista para ser entregue no dia oito de outubro deste ano. Após a obra não ser entregue no prazo estimado, a prefeitura informou que devido aos problemas com período chuvoso, a previsão mais realista de entrega seria no final daquele mês. Porém, a última semana do ano está em curso e as obras inconclusas e totalmente paradas.

O projeto da Prefeitura de Goiânia tem como objetivo trazer uma maior proteção aos pedestres e ampliar a capacidade de adequação ao fluxo da região. O cruzamento das avenidas receberá semáforos com tempo específico e contará com cinco faixas de pedestres. Com essa nova configuração sendo conclusa, a Secretária Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) conseguirá atender toda a demanda das pessoas que circulam pela região em função do complexo comercial e hoteleiro. Assim, haverá um aumento da capacidade de adequação ao fluxo, além de atender as inúmeras solicitações dos moradores de condomínios residenciais nas proximidades. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) a obra está praticamente concluída e os atrasos na entrega se explicam pela falta de material para realização de meio fio. Segundo o órgão, ainda não há data estimada para chegada do material e nem para o término das obras.

A reportagem do O Hoje esteve no local, e constatou que não falta apenas o meio fio para que a obra seja concluída. No trecho da rotatória onde há o cruzamento da Avenida Oeste com a Rua 74, os motoristas enfrentam pedaços em que a pavimentação asfáltica foi retirada e não houve pavimentação posterior. Em dias chuvosos, com fortes ventos, a locomoção de veículos se torna praticamente impossível. 

A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) têm responsabilidade pela adequação do cruzamento para pavimentação asfáltica, meio fio, jardim e a implantação de novos acessos. De acordo com o órgão, após conclusão desta parte de infraestrutura a SMT irá realizar a implantação da sinalização horizontal, vertical e semafórica.

Para Sônia Pereira, de 38 anos, funcionária de um hotel em frente à obra, o atraso na entrega da obra demonstra um total descaso com a população. “Todos estão prejudicados com essa demora. Nós que trabalhamos no hotel, temos que limpar a todo o momento a calçada e a recepção, pois são vários montes de terra espalhados pela obra abandonados, quando o vento está forte cria uma cortina de terra em toda avenida”, afirma Sônia.

A nova configuração visa atender também os motoristas que circulam na região, porém com trechos sem asfalto e pedaços esburacados, os motoristas acabam sofrendo danos aos seus veículos. Segundo o taxista Bernardo Alves, a obra que desafogaria o trânsito, atualmente só tem prejudicado ainda mais a circulação dos veículos. “Quando passei por aqui em outubro, a obra já estava sendo realizada, procurei o projeto e percebi que finalmente teria uma solução para o trânsito no local, com a rotatória sendo cortada ao meio, semáforos instalados, ruas se tornando sentido único. Porém, no momento está pior pois nada foi concluído, a obra está abandonada, um pedaço do asfalto foi retirado, buracos apareceram, então não houve benefícios até o momento”, lamenta o taxista.