“O atentado contra advogados é um ato contra a dignidade da Justiça” diz Waldir

Dois policiais federais aposentados tiveram a prisão preventiva decretada na manhã desta terça-feira

Postado em: 27-12-2016 às 15h00
Por: Toni Nascimento
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Dois policiais federais aposentados tiveram a prisão preventiva decretada na manhã desta terça-feira

Da Redação

O
advogado Walmir Oliveira Cunha encaminhou uma nota à imprensa na tarde desta
terça-feira (27) informando os motivos que levaram dois polícias federais
aposentados a enviar uma bomba para o seu escritório de advocacia.

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Walmir
se pronunciou depois que o delegado da Polícia Civil Valdemir Branco se
pronunciou, nesta manhã, confirmando a prisão
preventiva dos policiais federais aposentados Ovídio Rodrigues Chaveiro e
Valdinho Rodrigues Chaveiro
. A dupla
é apontada como autora do atentado.

Em nota Walmir explica que foi um ato de retaliação da parte derrotada
em uma causa
na
área do Direito de Família. 

Apesar de ter atuado em uma causa desta
área, Walmir explica que era uma exceção e que é especialista e atua no Direito
Agrário e Empresarial.

“Após
a tramitação com uma complexa ação judicial, obtive excito em favor de meu
cliente. Mas lamentavelmente, a parte derrotada, ao não aceitar a legítima decisão judicial, cometeu um crime hediondo para promover uma retaliação contra minha vida e minha atividade profissional”, explica o advogado.

Ele
também agradece a Polícia Civil de Goiás pela investigação e dedicação ao caso
e aproveita para levantar o debate sobre as leis que tratam da segurança dos
profissionais do direito no exercício de sua profissão.

Leia
a nota na integra: 

“Após seis
meses de um acentuado trabalho investigativo da Polícia Civil, foram
esclarecidas definitivamente a autoria do atentado contra minha pessoa, cuja
motivação, conforme apurado, está diretamente ligada a minha atividade
profissional. Apesar de ser especialista no Direito Agrário e Empresarial, a
ação em questão, que motivou o atentado, foi na área do Direito de Família

Após a tramitação com uma complexa ação judicial, obtive excito em favor de meu cliente. Mas lamentavelmente, a parte derrotada, ao não aceitar a legítima decisão judicial, cometeu um crime hediondo para promover uma retaliação contra minha vida e minha atividade profissional, que foi exercida rigorosamente dentro da lei e segundo todos os preceitos éticos que regem a advocacia no Brasil. Preceitos estes que sigo desde o início de minha carreira profissional há mais de 12 anos.

Quero aproveitar a oportunidade e agradecer imensamente a competência e o empenho da Polícia Civil de Goiás, que de fato não mediu esforços para esclarecer tão bárbaro crime. Agradeço ainda o importante apoio prestado pela Polícia Federal, durante as investigações.

Espero que esse terrível fato ocorrido com minha pessoa sirva para se levantar um amplo e debate sobre as leis que tratam da segurança dos profissionais do direito no exercício de sua profissão. É preciso que essa discussão avance de forma séria, não só nas casas legislativas, mas também em todas as esferas do Poder Judiciário.

É de suma importância, para o devido exercício do Direito no Brasil, em homenagem à  segurança
jurídica, que todos os profissionais atuantes nessa área sejam salvaguardados na prática diária de seu trabalho, seja como advogado ou como qualquer outro agente operador do Direito.

O atentado contra advogados, juízes, promotores e outros membros integrantes do sistema judicial brasileiro é um atentado contra a dignidade da Justiça.”

(Foto: reprodução)

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