Materiais escolares podem subir até 30%

Papelarias de bairro não investiram muito no abastecimento das lojas este ano

Postado em: 03-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Papelarias de bairro não investiram muito no abastecimento das lojas este ano

Bruna Policena

Papelarias setoriais de Goiânia, que atendem o público do próprio bairro, não investiram tanto na compra de mais produtos para as lojas por conta do aumento nos preços dos produtos. O movimento nessas papelarias ainda é muito fraco, e quem não se antecipou nas compras, deixou passar as festas de fim de ano para comprar os materiais escolares com o salário do próximo mês.

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Saulo Batista é dono de uma papelaria na Avenida T-9, que atende a região e as escolas visinhas. Segundo o empresário, este ano, deixou de investir por conta da perspectiva de diminuição das vendas. Ele explica que o movimento nas papelarias setoriais além de menor do que nas centrais, também é mais lento, e o público demora mais a procurar pelos produtos.

Em sua experiência no ramo, afirma que no ano passado além das vendas terem sido maiores, o período de maior lucro foi em dezembro. Este ano, conta que alguns produtos que costuma comprar para reabastecer sua loja aumentaram quase 30% no valor, o que lhe fez não investir tanto em muita quantidade de produtos. Mas Saulo espera que depois das datas previstas para cair os salários, os clientes comecem a aparecer.

No estabelecimento, uma lista de matérias escolares básica tem preços a partir de R$ 70. Em papelarias centrais como a Tributaria, na Praça Tamandaré, por exemplo, uma lista básica sai em torno de R$ 200 a R$ 250 para o consumidor. Saulo explica que depende muito das exigências feitas por cada escola, e também o público varia muito dependendo da localização na cidade.

Comércio central

O gerente Marcelo Alves, trabalha na Papelaria Tributária, e relata que este ano as vendas na loja não diminuíram, mas que agora em janeiro esperam um grande fluxo de vendas, que até então se mantém similares com as de 2015. No entanto, também confirma que muita gente adiantou as compras antes das datas festivas para aproveitar o dinheiro extra do 13º salário. Segundo ele, o aumento de preços já era esperado pelos lojistas. 

A médica Danielle Freire, de 40 anos, é mãe da pequena Júlia, de 6, que está entrando agora no 1º ano do fundamental, e a lista de materiais cresceu agora que saiu do ensino infantil. Ela prevê gastar em torno dos R$ 400 com os materiais da filha.

Dicas para o consumidor

A Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor de Goiás (Procon GO) orienta ao consumidor que quer gastar menos e todos os anos lança uma pesquisa de preços das papelarias da cidade para facilitar as escolhas de onde comprar mais barato. A gerente de atendimento ao consumidor, Rosania Nunes, explicas que muito se pode fazer para economizar.

Ela orienta que os pais reaproveitem ao máximo os materiais usados no ano passado, que faça pesquisas em pelo menos três estabelecimentos diferentes, para comparar preços. Outra tática são as compras coletivas, em que pais de alunos que estudam na mesma escola, podem se juntar e comprar o material de uma só vez para aproveitar os descontos. Evitar produtos de marcas mais famosas de personagens é uma forma de economizar de maneira significativa.

 

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