Mais de um milhão de pessoas passaram pela 44 só em dezembro

Balanço feito pela AER44 aponta um aumento de 28% no fluxo de compradores e também na movimentação financeira que chegou a R$ 600 milhões somente no último mês do ano

Postado em: 05-01-2017 às 11h49
Por: Renato
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Balanço feito pela AER44 aponta um aumento de 28% no fluxo de compradores e também na movimentação financeira que chegou a R$ 600 milhões somente no último mês do ano

Um balanço feito pela Associação Empresarial da Região da 44
(AER44)  obre a movimentação na região durante os dois últimos meses de
2016 demonstra que Goiânia e cidades adjacentes têm se consolidado como um dos
três maiores pólos de confecção país.

No mês de novembro os mais de 12 mil pontos de vendas na
região (sem contar a Feira Hippie) receberam mais de 700 mil pessoas.No mês de
dezembro cerca de um milhão de pessoas passaram pelas galerias da 44. O
presidente da AER44, Jairo Gomes estima um aumento de 28% no fluxo de
compradores que passaram pelas ruas da 44 no último fim de ano, na comparação
com o mesmo período do ano passado.

“Nos meses de novembro e dezembro, quase a metade (45%) dos turistas de compras
que recebemos foi formada pelos atacadistas do Centro-oeste, especialmente
aqueles que vêm da Grande Goiânia e do interior do Estado, mas 55% são de
visitantes de outras regiões do País, especialmente o sudestes e norte”,
explica o presidente a AER44. De acordo com o levantamento, depois do
Centro-oeste, o sudeste do País, especialmente Minas Gerais e o interior de São
Paulo, é a principal origem dos turistas de compras da 44, com 26,7% do fluxo
de atacadistas vindo desta região; seguida do norte com 17,8%; do nordeste, com
6,5%;  e o sul com 4%.

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Jairo afirma que, diferente do que ocorreu em anos
anteriores, neste último mês de dezembro os compradores atacadistas continuaram
vindo à região. “Antes as vendas de atacado eram fortes até no máximo na
primeira quinzena de novembro, depois praticamente parava, mas neste ano o
movimento atacadista se manteve intenso mesmo dias antes do Natal”, esclarece
Jairo Gomes.

Atacarejo

O presidente da AER44 acrescenta ainda que houve um aumento grande das vendas
no varejo e no atacarejo, que são clientes ou grupos de clientes que compram
numa maior quantidade, mas para uso pessoal e não para revenda. “Acredito que
com as dificuldades financeiras que as famílias viveram em 2016, em virtude da
crise econômica no Brasil, a região da 44 transformou-se numa alternativa
interessante para as compras de fim de ano. Interessante porque encontraram
aqui produtos baratos e de excelente qualidade”, afirma o presidente.

O balanço feito pela AER44 estima que os cerca de um milhão
de compradores que passaram pela 44, somente no mês de dezembro, tenham
movimentado mais de R$ 600 milhões de reais. Entre os que comemoram esses
números está a lojista Larissa Moura Noda. Ela conta que registou um aumento de
40% nas vendas do varejo em relação ao ano passado. “O movimento do varejo
surpreendeu este ano, foi muito bom. E isso é importante, porque, embora o
nosso foco seja os atacadistas, é esse cliente do varejo que nos ajuda a
segurar as despesas no final de dezembro e em janeiro, até o retorno dos
atacadistas em fevereiro e março”, explica a lojista.

Outro que comemorou o aumento nas vendas na modalidade de
atacarejo foi o lojista Fernando Faustino, ele conta que registrou um aumento
de 30% neste tipo de venda. “O fluxo de pessoas foi muito grande neste final de
ano na 44, para se ter uma ideia, num único sábado eu fiz 146 vendas, o que não
acontece no atacado, embora o volume da compra seja bem maior”, afirma
Fernando.

Mas o lojista diz que foram essas vendas no atacarejo que ajudaram muito a
melhorar o movimento de fim ano. “Na nossa loja, por exemplo, recebemos muitos
grupos de pessoas que fazem uma compra maior, acima de dez peças e então a
gente consegue fazer um preço de atacado”, conta Fernando.

Reação do atacado

Larissa Moura conta também que este ano os compradores do atacado resolveram
reagir mais para o final do ano, especialmente nos meses de novembro e
dezembro. “Antigamente, os atacadistas concentraram suas compras nos meses de
setembro, outubro e novembro para montar estoque. Neste ano eles reagiram de
última hora e até dias antes do Natal estávamos atendendo atacadistas”, destaca
a lojista.

Há oito anos trabalhando na região da 44, Larissa avalia que essa reação de
última hora no movimento do atacado foi muito em função da cautela das pessoas
em relação à atual situação econômica do País. “Acho que com essa indefinição
que estava no nosso país muita gente ficou com medo de investir e depois que se
teve uma definição dessa situação econômica e política, pessoas ficaram um
pouco mais seguras. Mas felizmente isso para nós foi bom e o nosso movimento
neste final de ano surpreendeu e foi muito bom graças a Deus”, agradece a
lojista.

Foto: (Acieg) 

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