Materiais escolares aumentam menos que em 2016

Bruna Policena

Nesta quinta-feira (5) a Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (PROCON GO) divulgou a pesquisa anual que avalia os preços dos materiais escolares em todas as lojas que vendem este tipo de produto. O aumento médio dos preços deste ano foi de 9,28%, e percebe-se que em relação ao do ano passado, de 12,51%, foi relevantemente menor.

A pesquisa juntamente com a lista dos preços dos materiais e suas respectivas lojas ajudam os pais a fazer a pesquisa de preço sem ter que gastar tempo ou dinheiro com transporte. Assim evita que tenham que visitar várias papelarias e olhar cada item da lista de materiais para comparar os preços. De acordo com o PROCON, os produtos idênticos podem variar até 330,43% dependendo da loja.

No entanto, é possível perceber uma menor movimentação nas papelarias neste inicio de janeiro, data que normalmente tem maior fluxo de vendas desse tipo de produto. Mas até mesmo os lojistas estão cientes que por conta da situação financeira, muitos pais adiantaram as comprar no mês de dezembro, ou estão esperando cair o próximo salário.  

Fundamental

A Janeide Ferreira, de 37 anos, é mãe do Tiago Renan, de cinco, que começará a estudar no 1º ano do ensino fundamental. A mãe conta que nos anos anteriores pesquisou os preços e que neste ano já foi direto em uma papelaria por saber que lá ela encontraria os materiais mais baratos. Ela gastou aproximadamente uns R$ 100, e mesmo levando seu filho para as compras, já combinou com antecedência que compraria o que fosse mais em conta, e nada de cadernos de personagem.

Ano passado

Janeide disse que não percebeu tanta diferença nos preços dos produtos mais básicos em comparação ao ano passado. Um caderno de 96 folhas e de personagem de uma determinada marca vendida nesta papelaria custa R$ 16,90, já o caderno básico da mesma linha de qualidade custa R$ 9,90. E se o pai procurar por um caderno básico de uma marca menos famosa, sai por R$ 6,90.

Pesquisa

O PROCON já alerta que comprar produtos de marcas tradicionais pode fazer com que o cliente pague até 171% mais caro do que o preço da linha básica, ou de marcas mais baratas. 

Jaqueline Porto, de 33 anos, tem um casal de filhos de cinco e dez anos e também estava na papelaria com as crianças. Ela pesquisou primeiramente pela internet, e suas comprar saíram no valor de R$ 150 para cada filho.

Ela explica que levar as crianças não é uma boa tática para economizar, mas que já havia combinado que não levaria nenhum produto de marcas famosas ou personagens da moda, e reafirmou que quando se trata de filhos, mesmo com o cominado, sempre escapa um pedido manhoso, e que nessas horas “não há negociação”.