Servidores da Saúde recebem pagamento, mas mantém paralisação

População enfrenta dificuldades com a falta de atendimento desde o último sábado (7)

Postado em: 10-01-2017 às 08h50
Por: Sheyla Sousa
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População enfrenta dificuldades com a falta de atendimento desde o último sábado (7)

Wilton Morais 

Quem procurou atendimento médico nos Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais), de Goiânia no final de semana não teve sucesso com o atendimento, em parte das unidades. O motivo foi à falta de pagamento do salário dos servidores técnicos. O referido do mês de dezembro/2016, estava atrasado há pelo menos 15 dias. Na tarde de ontem (9), a prefeitura de Goiânia realizou o pagamento da categoria, o que de certa forma normalizou o atendimento. Apesar disso, a reportagem do O Hoje esteve no Cais do Bairro Goia, que está com a direção exonerada. Funcionários da instituição informaram que apenas um médico realizava o atendimento de urgência, já o serviço técnico não havia sido afetado pela falta de pagamento. 

Mesmo assim, no serviço de aplicação de vacinas, o motorista Waldinei Gomes da Costa e a costureira Waldirene Alves Rodrigues, procuraram a vacina para febre amarela. Mas segundo relato do casal, que também procurou o posto Goiânia Viva, o atendimento avia sido encerrado. No bairro Goiá na parte da manhã, apenas uma funcionaria realizou a aplicação de vacinas, estimada em 50 a 60 doses. 

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Pagamento

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informou que em reunião com a categoria na segunda-feira (2), ficou acordado entre o prefeito Iris Rezende e os servidores o pagamento regularizado ainda ontem (9). Já o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/Go) deliberaram uma greve no inicio da tarde de ontem, motivada pelo não pagamento do salário. O que foi regularizado pouco tempo depois. Apesar disso, a greve não se iniciou e será revista na manhã de hoje (10). Por lei a greve só poderia se iniciar após 72 horas – prazo necessário para comunicar a gestão e a população.

Sobre problemas com o atendimento, a SMS disse que a paralisação só deveria ocorrer após votação em assembleia, caso o prazo acordado até o dia de ontem não fosse cumprido. “As faltas pontuais de servidores nas unidades de saúde do município, no final de semana e hoje (ontem), estão sendo apuradas e serão devidamente punidas, pois não foi acordada greve entre a categoria”, disse a nota da SMS. 

O Sindsaúde relatou que esperava o pagamento até as 12h de ontem, após um primeiro acordo com a prefeitura ter vencido na sexta-feira (6). A nova gestão havia pedido novo prazo que fosse até as 11h de ontem. O que aconteceu com atraso, gerando a paralisação. O debito da gestão chegava a R$ 30 milhões. 

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