Região Noroeste recebe mutirão de combate ao Aedes aegypti

Durante o mutirão, 400 agentes de combate a endemias e comunitários de saúde visitarão os imóveis para conversar com a população

Postado em: 12-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Região Noroeste recebe mutirão de combate ao Aedes aegypti
Durante o mutirão, 400 agentes de combate a endemias e comunitários de saúde visitarão os imóveis para conversar com a população

Da redação 

Para enfrentar o mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, inicia na próxima quinta-feira, 12, o “Mutirão de Combate ao Aedes”, no Jardim Curitiba I. As ações seguem até na sexta-feira, 13, pelos bairros da Região Noroeste da Capital. As atividades terão início às 9 horas, na Praça da UPA Noroeste (Curitiba), com a presença do prefeito de Goiânia, Iris Rezende, da secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, e do superintendente de Vigilância em Saúde, Robson Azevedo. A meta é que 27.485 imóveis sejam visitados nos setores Jardim Curitiba I ao IV, Parque Tremendão, Bairro da Vitória, São Carlos e Estrela Dalva.

Durante o mutirão, 400 agentes de combate a endemias e comunitários de saúde visitarão os imóveis para conversar com a população, identificar criadouros, eliminar os focos e retirar o lixo das casas. Carros de som estão circulando pelas ruas e alertando sobre a importância do papel dos moradores na luta contra o mosquito. Além disso, o ecoponto itinerante para descarte de pneus inutilizados estará no local e 22 veículos farão busca ativa desses materiais na região.

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O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, destaca que “o poder público e a população devem se unir no combate ao Aedes, principalmente nesse período chuvoso, para evitar epidemias”. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) são parceiras das atividades.

Números

Com atual índice de infestação predial (IPP) por Aedes aegypti de 1,39%, a situação é de alerta para epidemias no município. Os dados foram coletados na primeira semana de 2017. Na Região Noroeste, foram notificados 9.129 casos de dengue em 2016, o que corresponde a cerca de 15% do número total de notificações da doença em Goiânia (62.920). Os números orientaram a escolha do local para início dos mutirões de combate ao Aedes da Prefeitura. Com a ação, espera-se intensificar o papel da população no combate ao vetor, que, além da dengue, também é responsável pela transmissão da febre de Chikungunya e do vírus Zika.

Além dos 62.920 casos de dengue, foram notificados – no ano passado, em Goiânia – 8.321 casos prováveis de Zika e 84 de Chikungunya. Para 2017, além da atenção aos casos graves de dengue e da síndrome congênita do Zika vírus, a febre de Chikungunya é motivo de preocupação para as autoridades de saúde. “Como é grande a quantidade de pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, é possível que ocorra uma epidemia da doença neste verão”, explica a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué.

Nas demais regiões de Goiânia, os agentes de combate a endemias continuarão fazendo seus trabalhos de rotina de visitas aos imóveis, vigilância e orientação. Para denunciar locais com criadouros do mosquito, a população pode entrar em contato com a Diretoria de Vigilância em Zoonoses por meio dos telefones do “Disque Aedes”: 3524-3125 ou 3524-3131. A SMS também tem intensificado a ação de cata-pneus em toda a Capital.

LIRAa

De acordo com o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), o atual IPP em Goiânia é de 1,39%. O valor aponta um cenário de médio risco e exige estado de alerta em relação à infestação por Aedes aegypti. Os números superiores a 3,9% indicam alto risco de epidemia das doenças causada pelo mosquito, como a dengue. O estudo foi realizado no período de 02 a 06 de janeiro de 2017.

“Quando a sociedade ajuda e se mobiliza, os resultados acontecem”, pontua Fátima Mrué. Antes do período chuvoso, foram registrados Índices de Infestação Predial (IPP) por Aedes aegypti de 0,2%, em maio de 2016, e de 0,95%, em outubro do mesmo ano. De acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, os números classificavam a situação de Goiânia como satisfatória. Com a chegada das chuvas, o mosquito se prolifera com mais facilidade e a atenção deve ser redobrada para que a água não se acumule nos criadouros.

 

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