Acordo é firmado e vigilantes penitenciários finalizam greve

A Superintendência Executiva de Administração Penitenciária de Goiás (Seap-GO) se comprometeu em atender as reivindicações dos servidores, segundo presidente do Sinsep-GO

Postado em: 13-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A Superintendência Executiva de Administração Penitenciária de Goiás (Seap-GO) se comprometeu em atender as reivindicações dos servidores, segundo presidente do Sinsep-GO

Renan Castro

Após as paralisações realizadas pelos Vigilantes Penitenciários Temporários (VTPs) no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia nesta semana, a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária de Goiás (Seap-GO) firmou um acordo com os servidores na manhã de ontem (12). A negociação só ocorreu depois que os vigilantes realizaram um protesto das 10h às 12h no Complexo. Conforme o Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal do Estado de Goiás (Sinsep-GO), a paralisação afetou em 70% as visitas e a entrada de alimentos na penitenciária.

Os servidores reivindicavam, principalmente, equiparação salarial e melhorias nas condições de serviço. A classe reivindicava ainda o retorno do auxílio de risco de vida de 30%, a volta do contrato de três anos que foi reduzido para um, auxílio fardamento, melhores condições de armamento e convocação dos concursados de 2014. 

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Segundo o presidente do Sinsep-GO, Daniel Alves de Lima, o acordo firmado elevou o salário dos servidores para R$ 1,5 mil e incorporou o auxílio de risco de vida. “Os vigilantes recebiam apenas R$ 700 e o governo ainda tirou o auxílio de risco de vida. Como é que um cidadão pode se submeter a um serviço tão arriscado por um salário desses? É uma situação muito complicada”, desabafa. 

Daniel ressalta que a Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO estava intermediando a negociação. Ele conta que espera que tudo o que foi firmado seja realmente cumprido. “E existe ainda a questão dos concursados. A Seap nos informou que se reunirá amanhã (hoje) com o Ministério Público para tentar colocar um prazo para a homologação dos aprovados em 2014”, explica. O presidente do Sinsep-GO destaca também que a Seap-GO se comprometeu a fornecer o fardamento e a carteira funcional emitida pelo estado aos VPTs.

Desinformação

Mesmo com as paralisações ocorrendo no Complexo, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSPAP-GO) insistia em dizer que tudo corria em inteira “normalidade”. O órgão destacou que a informação de que familiares detentos não conseguiram entrar com alimentos não era verdade e a penitenciária estava em perfeito funcionamento, além de contar com demais forças policiais. Mas há reclamações de parentes de detentos que afirmavam o contrário. 

 

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