Limpeza de cemitérios segue a passos lentos

Prefeitura anunciou a limpeza, mas locais ainda padecem de sujeira e mato alto

Postado em: 13-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Prefeitura anunciou a limpeza, mas locais ainda padecem de sujeira e mato alto

Bruna Policena 

Nos primeiros dias de seu mandato, Iris Rezende, atual prefeito, anunciou que coordenaria a limpeza urgente dos quatro cemitérios municipais da cidade, que há um bom tempo estavam tomados pelo mato alto. No final de outubro do ano passado a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) teve uma ação para preparar os cemitérios para a recepção das pessoas no dia de Finados.

No entanto, em visita aos locais, O Hoje constatou que os cemitérios Santana, no Setor dos Funcionários, o Parque, no setor Cruzeiro do Sul, e o Jardim da Saudade, no Setor Maísa, ainda estavam com muito mato alto, e que o descaso não aparenta ser recente, e mesmo com a ação de finados da Comurg, o mato está cobrindo os túmulos. 

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A Comurg, na época, informou à imprensa que foram retiradas 272 toneladas de entulhos e galhadas dos quatro cemitérios municipais, e que 200 servidores estavam convocados para a ação. Também foram feitas a roçagem do mato, rastelação, remoção de lixo e entulho, capina da grama, varrição, e pintura dos meios-fios nas áreas internas, externas e ruas adjacentes aos cemitérios. 

O Cemitério Santana, que é o mais antigo da cidade, considerado como patrimônio histórico, cultural e ambiental da cidade, construído em 1939 e tem nele enterradas muitas figuras importantes para a história da cidade, como Pedro Ludovico Teixeira. 

O cemitério Parque fica no setor Cruzeiro do Sul é o maior em extensão com uma área de 4,5 alqueires, inaugurado em 1964 e tem enterradas algumas vítimas do acidente radioativo do césio 137. O Vale da Paz foi construído em 1997 e é voltado mais para a população carente. E o Jardim da Saudade que é o mais recente cemitério, inaugurado em 2008. 

Para donos de comércio que trabalham em frente ao cemitério Parque, o descaso com a limpeza e mato prejudica e muito o ambiente das lojas, bem como gera desconforto em moradores da região e nas famílias que tem enterrados ali seus entes queridos. No Parque, a limpeza já foi iniciada, e uma parcela da área já foi capinada. Mas a altura do mato restante ainda assusta os visitantes.

Os túmulos quebrados e mal cuidados não são de responsabilidade da prefeitura. Cada família é responsável pela manutenção e restauração dos túmulos e lápides. E o descaso também ajuda a deixar um aspecto de abandono dos cemitérios. As famílias reclamam da falta de manutenção da prefeitura, mas muitos deixam de cuidar das lápides. Os cemitérios públicos também sofrem com as ações de vandalismo. 

A assessoria da Comurg explicou que a limpeza dos quatro cemitérios é realizada, em média, quatro vezes por ano. No dia 31 de outubro do ano passado foi o término da última limpeza feita, no Cemitério Parque. O asseio e a manutenção dos cemitérios municipais levam aproximadamente duas semanas, completa o órgão. 

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