Opção de lazer, shoppings completam 50 anos de Brasil

Wilton Morais

Os shoppings centers são sempre procurados pela população para compras, lazer, diversão ou até mesmo um simples passeio. A popularização desse tipo de comércio atrai todos os tipos e gostos de pessoas.  No Brasil existem 558 shoppings centers. Somente em Goiás são 24 centros comerciais, destes 13 estão localizados na Capital. A expansão desse mercado que se iniciou há 50 anos com a construção do Iguatemi – primeiro shoppings do Brasil, em novembro de 1966 na cidade de São Paulo, possibilitou que praticamente “tudo” fosse feito nesse ambiente.

Os grandes centros comerciais proporcionam as mais diversas possibilidades, desde uma leitura na livraria, um bom filme no cinema e até um saboroso açaí. Se precisar pagar as contas, sempre tem uma lotérica por perto, um banco e vários caixas 24 horas esparramados. Os vapt-vupt também são uma opção para as varias atividades. 

Em Goiás, o primeiro a atender a população foi construído em 1981, o principal público era elitizado. Para o consultor Marcelo Camorim, a popularização dos centros comerciais proporciona crescimento econômico em determinadas regiões. “O shopping se tornou um lugar de destino. Há 15 anos, o goiano se locomovia para este ambiente apenas no Natal. Atualmente o shopping se tornou um único lugar para passeio e lazer”, analisa. 

Queda de lojas 

Mesmo com a expansão do comércio para shoppings, o ano de 2016 foi marcado negativamente, com 18.100 lojas fechadas no país. De acordo com dados da Associação de lojistas de Shoppings (Alshop), o número representa queda de 12,9% em relação ao ano passado. Conforme a Alshop, o ano de 2016, foi o primeiro desde 2004, com saldo negativo de abertura de lojas.  Durante este ano, foram abertos, 19 shoppings centers, no Brasil. 

Camorim avalia que o crescimento dos centros comerciais se deu desde o governo do presidente Fernando Henrique, em 1995 a 2003 até o inicio do governo Dilma. “Nesse período tanto o consumo quanto o nível das classes sociais aumentaram. Houve estabilidade na economia, fazendo com que esse tipo de comercio saísse do eixo Rio e São Paulo”, considerou o consultor.

Atualmente, a indústria de shopping centers representa 2,57% do PIB nacional. O dado é da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). “Essa representação ainda é pequena. Isso mostra uma oportunidade que tende ao crescimento, em relação a outros setores da economia”, disse Camorim. No mês de abril, serão inaugurados mais dois shoppings, sendo um em Aparecida de Goiânia e outro na Capital. Já no mês de abril outro centro comercial será inaugurado na Capital. Os três somaram mais 47.470 m² de ABL.

Mais de 50% da área bruta locável está em Goiânia 

Atualmente a soma da Área Bruta Locável (ABL), dos shoppings em Goiás são de 534.168 metros quadrados. Apenas Goiânia, possui 315.812 m² da ABL. A representação na Capital é de 22,07 m² para cada 100 mil habitantes. Inaugurado em 2013, o maior shopping em ABL do estado, possui 78.100 m², em Goiânia. 

Os centros comerciais também são grandes responsáveis pela empregabilidade, dados da Abrasce mostram que em 2015, o ano foi encerrado com 1.032.776 empregos registrados. Para o final deste ano, são esperados que 1.070 milhões de pessoas estejam empregadas nos shopping centers brasileiros. Em Goiás, o registro de empregos de 2015/2016 é de 36.711, deste número 21.704 pessoas estão empregadas em centros comerciais da Capital.  

“A tendência é que o consumidor para de procurar lojas de rua, na Avenida Anhanguera você não consegue estacionar. A loja de rua será cada vez menor. A tendência de contratação temporária em shopping e conseqüentemente a permanente será cada vez maior”, afirma Marcelo Camorim.