Calor faz triplicar vendas de ar condicionado e ventiladores

Caio Marx

O mês de janeiro começou com os termômetros registrando altas temperaturas em Goiânia. A onda de calor refletiu diretamente nas vendas de ar condicionado, ventiladores, climatizadores e umidificadores de ar. Nas lojas do centro da capital, a procura triplicou e os consumidores estão com dificuldades de encontrar aparelhos a pronta-entrega. Segundo lojistas do Centro, as vendas aumentaram de 60% á 80%, principalmente dos ventiladores, que ainda predominam na procura dos consumidores.

De acordo com Paulo José, gerente comercial de uma loja na Avenida Anhanguera, a demanda está alta e o estabelecimento está vendendo mais de 20 ventiladores por dia desde o início do ano. O ar condicionado também é bastante procurado. “Este período está melhor do que o mesmo período do ano passado, estamos com 500 aparelhos para receber dia 15, todos já vendidos em uma oferta que realizamos”, ressalta o gerente.

Ainda de acordo com o gerente, é possível que os consumidores tenham uma sensação mais agradável no clima com o climatizador, ao invés do ventilador. O climatizador umidifica o ar, principalmente quando o aparelho possui bolsas que podem ir ao congelador e posteriormente depositadas no compartimento de água do aparelho.

Já Matheus dos Santos, coordenador de marketing de outra loja na Avenida Goiás, revela que o primeiro lote do ano de ar condicionado e ventilador já está esgotado e a loja precisou fazer um pedido com urgência de mais aparelhos. “O item mais procurado é o ventilador de R$ 99,90. Depois, o ar condicionado de 9 e 12 mil BTUS, além dos mais baratos, em torno de R$ 1.400. As vendas de início do ano estão acima do esperado e estamos com esperança que melhore mais”, afirma o gerente.

Calor em casa

Dona Luiza Oliveira, de 67 anos, é aposentada e possui três ventiladores e um umidificador de ar em sua residência, no Setor União, em Goiânia. Segundo a aposentada, cada quarto da casa possui um ventilador, o umidificador fica na sala ligado durante todo o dia. “Claro que isso reflete na fatura de energia no final do mês, porém, é impossível passar o dia todo sentindo o calor que tem feito nos últimos dias, até ao anoitecer o calor não tem amenizando”, explica à aposentada. 

‘Calorão’ também aquece setor de serviços 

Devido à grande procura de itens que ameniza o calor, os técnicos de instalação e manutenção também estão tendo muito trabalho neste início de ano. O técnico Mário Fernandes enfatiza que antes do período de calor, ele realizava quatro serviços por dia, agora, o número triplicou.
“Chego a fazer 12 serviços entre instalação e manutenção diariamente, um número maior, quando comparado com o mês de dezembro. Há dias que tenho que recusar serviço, pois não dou conta de atender todos. Além de instalações, tem aparecido muita manutenção, pois as pessoas não fazem manutenção adequada durante o ano, quando o calor se instala e o uso aumenta, os aparelhos não aguentam e estragam”, explica.
Ainda de acordo com Mário, tem pessoas que compram o aparelho de ar condicionado por R$ 700, porém, estão avaliando somente o preço e esquece outros fatores importantes, como o consumo de energia do produto, que irá fazer com que o consumidor gaste muito mais dinheiro após a compra. “Há uma tecnologia chamada inverter, que encarece o produto, porém, o torna mais viável devido à economia na conta de luz”, afirma o técnico.