Imas volta a atrasar repasses
Servidores públicos municipais e seus familiares estão com dificuldade de encontrar médicos prestadores de serviços para o Instituto de Assistência à Saúde
Por: Sheyla Sousa
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Servidores públicos municipais e seus familiares estão com dificuldade de encontrar médicos prestadores de serviços para o Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), por conta do atraso de pagamento que já se estende há sete meses. O atraso no repasse, feito pela Prefeitura de Goiânia, fez com que médicos de hospitais credenciados deixassem de atender novos pacientes, e os servidores, que tem direito à esse plano, não estão encontrando prestadores das especialidades que precisam.
O Imas permite que os servidores públicos consultem com especialidades médicas por meio de emissão de guias, que deixam as consultas mais baratas. Todo mês 4% do valor do salário do servidor são descontados e direcionados para o Imas. E quando precisa usar, o Imas desconta uma parte do valor da consulta, e a outra parte ele mesmo arca. E por conta do atraso, muitos profissionais credenciados ainda estão atendendo seus pacientes na base da fidelidade, mas não estão abrindo horários para novos pacientes.
Klébia Duarte é servidora da prefeitura há 12 anos e utiliza o plano. Segundo a servidora, a situação em que o Imas se encontra a incomoda muito, por conta da pouca opção de profissionais. Ela afirma que, ao longo dos anos, a situação só está piorando e vários médicos se descredenciaram. E sobre o rombo na administração do plano, a servidora completa “a contrapartida é descontada sistematicamente, e quando precisamos, os prestadores estão paralisados por falta de pagamento, é vergonhoso”.
O atual presidente do Imas é o Sebastião Peixoto, e o recém nomeado chefe de gabinete é o servidor Wesley Batista, denunciado pelo vereador Elias Vaz (PSB), por ser alvo de uma investigação sigilosa do MPF e da Polícia Federal sobre irregularidades na compra e repasse da merenda escolar em 2015. Na época a prefeitura gastou mais de R$3 milhões de produtos que nunca foram vistos nas escolas e Cmeis.
A Prefeitura de Goiânia, que recém trocou de mandato, esclareceu que a nova direção do Imas, nomeada pelo prefeito Iris Rezende, está fazendo um amplo levantamento dos processos em aberto e não cumpridos pela gestão passada. E completa que todos os casos estão sendo analisados individualmente e a previsão é que a situação seja resolvida no próximo mês de fevereiro.
A sede atual na Avenida 87 também foi desmembrada, e alguns serviços passaram a ser atendidos na Avenida Paranaíba, em frente ao Ginásio Rio Vermelho. A mudança ainda recente tem confundido os usuários, e a pouca orientação juntamente coma falta de atendimento por telefone tem dificultado o acesso aos serviços do Imas. O Hoje tentou entrar em contato com o serviço de teleatendimento, e a linha estava constantemente ocupada até o fechamento da edição. O Instituto também está sem assessoria no momento. (Bruna Policena)