Insegurança domina região do zoológico e Lago das Rosas

Tráfico de drogas e roubos são características do lugar. Baixo efetivo da GCM, colabora com a insegurança. Na quarta-feira (25), Guarda prendeu suspeito de tráfico com 29 papelotes de cocaína

Postado em: 27-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Insegurança domina região  do zoológico e Lago das Rosas
Tráfico de drogas e roubos são características do lugar. Baixo efetivo da GCM, colabora com a insegurança. Na quarta-feira (25), Guarda prendeu suspeito de tráfico com 29 papelotes de cocaína

Wilton Morais

Apenas dois Guardas municipais realizam a segurança da área do zoológico de Goiânia. Na parte do parque Lago das Rosas, a única segurança é o patrulhamento realizado pelas equipes de Rondas Ostensivas Municipais (Romu), Grupo de Proteção ao Cidadão (GPC), e o patrulhamento ambiental da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM).  Segundo informações da guarda, a falta de efetivo é responsável pela insegurança dos parques. Dos quatro guardas específicos para o zoológico, apenas dois realizam a segurança da área comum, alternando o trabalho em turnos diurnos e noturnos.

A administração anterior, do zoológico, chegou a solicitar a colocação de câmaras de segurança no parque, a Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul) – responsável pela administração do parque zoológico. Conforme a guarda, a instalação dos aparelhos será suficiente para reforçar a segurança. Dessa forma, as câmaras serão utilizadas como apoio as viaturas que fazem a ronda na região do lago das rosas e zoológico. 

Continua após a publicidade

Outra solução apontada pela GCM é a realização de um novo concurso para preencher o efetivo da Guarda Civil, que atualmente está reduzido. Sobre a possibilidade de remanejo dos profissionais, para sanar o problema da insegurança imediatamente, a GCM apenas informou que tiraria a prioridade de outros postos, o que seria inviável. 

Lago das rosas 

Ainda na quarta-feira (25), a Romu prendeu em flagrante, Luiz Eduardo Rodrigues da Silva, no Lago das Rosas. O homem, já possuía passagens por lesão corporal, trafico de drogas, associação para o trafico e porte ilegal de armas. O supervisor da Romu Vagni Rodrigues, conta que foram encontrado com Luiz, 29 papelotes de cocaína. “O caso é complicado, muito usuário que se torna pequeno traficante. Um passa porção de 10, 20 papelotes. A sociedade já banalizou o fato”, disse o supervisor. 

Segundo Vagni, muitos denunciam crimes como roubo de veículo, bicicleta e celular, na região do lago das rosas. “Na abstinência, roubam mesmo. Não tem jeito, uma coisa fomenta a outra”, conta o supervisor. No caso em especifico, Vagni relata que o suspeito já havia sido preso em outras ocasiões. “Em novembro ele havia sido preso, ficou assim apenas por quatro dias. Dessa vez, já tínhamos a informação do seu retorno. Ele distribuía a droga e sumia. Após esperar a oportunidade certa, quando o suspeito chegou o abordamos”, conta o GCM.

Procurado pela reportagem, o comando da Romu, disse trabalhar com denuncias e foco em locais com incidência de criminalidade. Não possuindo regiões especificas para patrulhamento.  

Extravios de animais

No inicio desta semana, o Hoje, divulgou reportagem que denunciava o extravio de nove cobras e um jabuti do parque. Na ocasião, o diretor exonerado do zoológico, Rafael Cupertino, questionou a baixa do efetivo como um dos pontos para a insegurança. A GCM reconheceu que o efetivo de dois guardas é “muito pouco”. Porém, informou que para o caso, os agentes apenas monitoram a parte comum do zoológico, o que impede o acesso dos guardas as áreas de funcionários, como o serpentário. Mesmo assim, a guarda se prontificou a auxiliar com as investigações.

A reportagem entrou em contato com a Agetul. Porém, a agência não respondeu os questionamentos sobre a instalação de câmaras no parque zoológico. 

Veja Também