Eike Batista é preso no aeroporto e levado ao presídio Ary Franco, no Rio

Eike foi preso ao desembarcar de um voo que partiu de Nova York. O empresário passou por exames e foi encaminhado à agência prisional

Postado em: 30-01-2017 às 11h00
Por: Redação
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Eike foi preso ao desembarcar de um voo que partiu de Nova York. O empresário passou por exames e foi encaminhado à agência prisional

O avião que trouxe o empresário Eike Batista de Nova York para o Rio de Janeiro pousou às 9h54 no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão. O empresário foi preso por agentes da Polícia Federal logo após
desembarcar. Eike passou pelo Instituto Médico-Legal (IML), onde realizou exame
de corpo de delito e, em seguida, foi encaminhado ao presídio Ary Franco.

O empresário embarcou no domingo (29), no Aeroporto John F.
Kennedy, em Nova York, em um voo da American Airlines.

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Eike, proprietário do grupo EBX, é suspeito de lavagem de
dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio
Sérgio Cabral, que está preso.

Eike e o executivo Flávio Godinho, seu braço direito no
grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5
milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando
uma conta fora do país. Os três também são suspeitos de terem obstruído as
investigações.

Na quinta-feira (26), a Polícia Federal tentou deter o
empresário em sua casa, no Rio de Janeiro, mas ele não estava lá. Os advogados
informaram que Eike havia viajado a trabalho para Nova York e que voltaria ao
Brasil para se entregar. A Polícia Federal o considerou foragido e
pediu a inclusão de seu nome na lista de procurados da Interpol, a polícia
internacional.

Eike, 60 anos, foi considerado o homem mais rico do Brasil
e, em 2012, o sétimo mais rico do mundo pela revista Forbes, com uma fortuna
estimada em US$ 30 bilhões. As empresas do grupo EBX atuam na área de
mineração, petróleo, gás, logística, energia e indústria naval. Em 2013,
entretanto, os negócios entraram em crise e Eike começou a deixar o controle de
suas companhias e vender seu patrimônio.

O nome de Eike Batista apareceu na semana passada no âmbito
da Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute, fase da Lava
Jato, sobre propinas pagas por grandes empreiteiras a partidos e políticos para
obter contratos da Petrobras. (Agência Brasil) 

Foto: Fábio Pozzebom/ Arquivo Agência Brasil (Fotos Públicas)

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