Empresas de teles perderam 15,1 milhões de clientes

Brasileiro precisou rever gastos fixos por conta da crise econômica. Banda larga foi único serviço que cresceu

Postado em: 31-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Brasileiro precisou rever gastos fixos por conta da crise econômica. Banda larga foi único serviço que cresceu

Renan Castro

Para não passar muito aperto e conseguir gerir as despesas mais importantes, o brasileiro precisou reduzir custos em tudo o que consome. Com isso, diversas empresas em todo o Brasil sofreram e ainda sofrem o impacto dessas mudanças. As prestadoras de serviços de telecomunicações, por exemplo, tiveram um resultado negativo nas vendas devido as mediadas adotadas pela maioria da população. 

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De acordo com balanço da Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel) a telefonia fixa, móvel e TV por assinatura perderam, juntas, mais de 15,15 milhões de usuários ao longo de 2016. Em 2015, o setor perdeu 3,1% de sua base de clientes e número usuários continuou a cair ao longo do ano passado.

Contudo, a banda larga fixa ganhou mais de um milhão de clientes em 2016. O crescimento na base de assinantes se dá em meio a discussão sobre limitar o uso da internet fixa após o usuário atingir a franquia de navegação contratada, assunto que tem permeado conversas no Congresso nos últimos tempos.

A base de assinantes das operadoras de banda larga fixa subiu 4,33% e os estados do Amapá, Maranhão e Rondônia apresentaram crescimento acima de 10%. A TIM liderou a ampliação na base de assinantes com 29,04%, seguida pela Sky com 17,46% e a prestadora Cabo com 14,38% de crescimento. Destaque para os pequenos grupos que, com menos de 50 mil contratos, apresentaram crescimento de 18,05% de assinantes.

Telefonia Móvel e Fixa

Ao todo, a telefonia móvel foi o serviço que apresentou a maior queda no ano passado. Menos 13,7 milhões de clientes, ou redução de 5,33% em comparação com 2015. “A diminuição nos números foi mais impactante nos estados das Regiões Norte e Nordeste”, dizia o relatório da Anatel, ressaltando que fatores como maior uso do Whatsapp fez com que pessoas com linha de várias operadoras voltassem a ter apenas um chip.

Os maiores crescimento relativos da base de assinantes foram representados pelos operadores virtuais, Datora e Porto Seguro. Oi, Claro (Telecom Américas) e Tim (Telecom Italia) apresentaram queda e a Vivo (Telefônica) se manteve estável ano passado. Na telefonia fixa as linhas também mantiveram ano passado a trajetória de queda. Ao longo de 2016 a base encolheu 6,30%, com o fim de 1,14 milhão de linhas. No ano, a TIM apresentou a maior diminuição da base junto às autorizadas da telefonia fixa e a Oi junto às concessionárias em 2016.

TV paga

A TV por assinatura teve queda de 1,63%, menos 311.362 assinantes. Os maiores crescimentos foram registrados no Piauí, Sergipe e Pará e as maiores quedas em Pernambuco, Amapá e Rondônia. No ano passado, a prestadora Oi liderou o crescimento da TV paga com 11,61%, 135.630 assinantes. Em dezembro, obteve o segundo lugar, com 1,41%, a liderança ficou com a prestadora Cabo, 1,44% de crescimento. A fibra ótica teve o maior crescimento dentre as tecnologias para envio do sinal da tv paga em 2016 (+29,4%), com mais 50.323 assinantes. 

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