Laboratório contratado pelo Fantástico não é habilitado para testes, diz Anvisa

Em nota, Anvisa rebateu informações divulgadas no programa e afirmou que medicamentos genéricos são seguros

Postado em: 31-01-2017 às 14h00
Por: Redação
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Em nota, Anvisa rebateu informações divulgadas no programa e afirmou que medicamentos genéricos são seguros

Da redação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rebateu
nesta segunda-feira (30), as informações divulgadas em uma reportagem do
programa Fantástico, da Rede Globo, que foi ao ar no último domingo (31). De
acordo com a agência, a segurança dos medicamentos genéricos produzidos no
Brasil é garantida.

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Na reportagem, foram avaliados 15 remédios genéricos com os
princípios ativos dipirona sódica, losartana potássica e sildenafila. De acordo
com a Anvisa, o Centro de Estudos e Desenvolvimento Analítico Farmacêutico
(CEDAFAR) da Universidade Federal de Minas Gerais, contratado pela
produção do programa de televisão para os estudos, nunca foi habilitado
pela agência para realizar testes em medicamentos para efeito de análise fiscal.

“A análise fiscal, que é efetuada em drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos, destinada a comprovar a sua conformidade
com a fórmula que deu origem ao registro, segue regras definidas pela Agência,
garantindo-se sempre a coleta de três conjuntos de amostras do medicamento a
ser analisado; a possibilidade de o teste ser acompanhado por um perito
indicado pela empresa; e sua realização exclusivamente em laboratório
habilitado para esse fim. Esse rigor é necessário para evitar concorrência
desleal entre fabricantes, que poderiam encomendar testes em laboratórios não
habilitados apenas para gerar dúvidas sobre produtos concorrentes”, explicou em
nota.

Ainda de acordo com a Anvisa, o CEDAFAR é habilitado apenas
para realizar ensaios de equivalência farmacêutica, para registro de
medicamentos. No entanto, em seguida, esses testes são analisados tecnicamente
pela Anvisa.

O centro já teve sua habilitação para realizar esses testes
suspensa pela entidade em duas ocasiões, a última delas no período de 12 de
setembro de 2015 até 3 de fevereiro de 2016, pois nenhum de seus equipamentos,
na inspeção realizada pela Anvisa, estava calibrado de acordo com as normas
vigentes. (com informações do Portal Brasil)

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