Banco de leite precisa de doações

Com o período de férias, o número de doadoras diminuiu e o estoque está com 300 litros a menos do que o normal

Postado em: 01-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Com o período de férias, o número de doadoras diminuiu e o estoque está com 300 litros a menos do que o normal

Bruna Policena 

O banco de leite materno do Hospital Materno Infantil está precisando de doações, pois neste início de ano teve um aumento considerável na procura pelo leite, que alimenta bebes prematuros de baixo peso internados em UTI neonatal. E no período de férias, muitas mães viajam e deixam de doar, o que acaba diminuindo o estoque, que atualmente tem aproximadamente 100 litros. 

De acordo com a coordenadora do banco de leite, Renata Machado Leles, há um mês e meio tinha no estoque 400 litros de leite. Ela explica que o material é coletado, pasteurizado, analisado e após passar pelo controle de qualidade, é congelado e pode durar até seis meses neste estado. No entanto, a procura é grande, e Renata diz que o estoque é liberado em menos de um mês. Então as novas doações são urgentes. 

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Para que as mães façam a doação em casa, é preciso que a doadora entre em contato com a unidade, passe dados pessoais e agende a visita dos agentes coletores. A doação também pode ser feita em postos de coleta ou no próprio banco, pois em ambos tem a estrutura e equipamentos necessários. Primeiramente a mãe irá visitar a unidade e receber uma orientação de amamentação.

Após acompanhar o desenvolvimento do bebe e a saúde da mãe, e constatar que o leite da mãe é suficiente para a amamentação do filho, o leite excedente pode ser destinado à doação. Para ser doadora, a mãe precisa passar por uma avaliação médica, levar exames que confirmem que não há nenhuma doença infectocontagiosa. Também é preciso mostrar o último hemograma e não consumir álcool e drogas.

A salgadeira Quênia Teixeira de Melo, de 30 anos, é doadora e também, receptora do leite do banco. Seu bebe está na UTI, enquanto ele permanece internado, ela doa o leite que passa pelo processo de pasteurização e análise e se junta com as outras doações. E do banco, o seu leite é indiretamente enviado para o bebe. Ela conta que é seu primeiro filho e doar é uma forma de alimentar seu bebe que ainda precisa de cuidados da UTI neonatal.

A estrutura física do banco de leite é mantida pelo estado, já que é parte do hospital Materno Infantil, mas a coordenadora Renata conta que a parceria com os bombeiros é o quem tem mantido o funcionamento eficaz do banco, já que a Fundação Dom Pedro II, dos Bombeiros Militares do Estado de Goiás oferece há mais de cinco anos recursos que impulsionaram o serviço de coleta do leite na casa de cada mãe.

O diretor presidente da fundação é o coronel Benjamim Martins, e o Programa amamentador: bombeiros nutrindo a vida (Proama) já atua a mais de cinco anos na unidade. E desde que foi firmada a parceria, o banco conta com o trabalho de duas bombeiros militares, é fornecida a viatura que busca o leite e o combustível. A sargento Beatriz Ribeiro e a cabo Ronildes das Chagas tiveram um treinamento interno e atuam na coleta domiciliar.

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