Demolição do TRT Goiás deve durar até julho

Após um ano e quatro meses do incêndio que atingiu o TRT, obras de demolição são iniciadas

Postado em: 02-02-2017 às 09h20
Por: Sheyla Sousa
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Após um ano e quatro meses do incêndio que atingiu o TRT, obras de demolição são iniciadas

Wilton Morais

O Tribunal Regional do Trabalho de Goiás (TRT-GO) informou que a demolição dos blocos 1 e 2, incendiada em outubro de 2015, serão demolidas em até seis meses. No prédio, localizada no Setor Bueno, um robô realiza a trituração do concreto danificado, evitando riscos de desmoronamento. Segundo o TRT, uma parte de baixo do prédio não foi atingida e, portanto, será preservada. Assim que a demolição for concretizada, a empresa Concretiza responsável pela construção do Complexo Trabalhista de Goiânia fará a reconstrução do prédio, seguindo o modelo da estrutura incendiada. O trabalho de construção deve perdurar por 16 meses, após o termino da demolição.

Ao todo, a construção do prédio terá 78.652,93 metros quadrados – somados a parte não atingida. Do total, 45.61,43 m² já estão sendo construídos. Os espaços são de quatro subsolos e cinco pavimentos superiores. Faz parte da construção o auditório oval do TRT. Inicialmente o tribunal possuía R$ 34 milhões, destinados a obra. Conforme estimativas do TRT ainda serão necessários mais R$ 10 milhões para fechamento e acabamento do prédio.

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A justificativa para a demora e inicio das demolições são embargos da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Desde o incêndio, o Tribunal teve que apresentar uma série de documentações extensas, durante nove meses a superintendência. Para o órgão, o processo foi extenso e novos documentos exigidos pela superintendência a cada apresentação colaboraram para a demora. 

Incêndio 

O Tribunal Regional do Trabalho 18ª Região (TRT-GO) teve 80% de sua obra, ainda em construção incendiada. Segundo o Corpo de Bombeiros, as chamas se iniciaram em madeiras que seriam usadas na construção do prédio. Na ocasião ninguém ficou ferido. Além disso, as chamas se alastraram pelo prédio em construção, mas não atingiu os prédios que estavam em funcionamento. 

Até o momento, os peritos criminais federais que conduzem as investigações da causa do incêndio não apresentaram laudo conclusivo. Um laudo preliminar descarta a possibilidade de um incêndio criminoso. A suspeita é que um curto-circuito provocado por uma lâmpada acesa no interior da serraria tenha provocado o incêndio.

Já a analise de câmaras de segurança entre as ruas T-52 e T-29 no entorno do Complexo Trabalhista, não apresentam a presença de suspeitos ou pessoas estranhas no dia do ocorrido. Desde o acontecido, estudos foram realizados, com o objetivo de encontrar a melhor forma para a retirada das partes danificadas – concreto e estrutura de metal que perderam a resistência com a ação do fogo.

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