Mototaxistas de Goiânia cobram fiscalização contra clandestinos

Mototaxistas pedem que a Guarda Municipal atue na prisão dos não-cadastrados

Postado em: 06-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Mototaxistas pedem que a Guarda Municipal atue na prisão dos não-cadastrados

Caio Marx

A atuação de mototaxistas clandestinos ou não-cadastrados tem gerado preocupação entre profissionais legalmente estabelecidos em Goiânia. Os cadastrados cobram do poder público um maior rigor na fiscalização ao serviço clandestino que vem gerando uma série de problemas para os mototaxistas cadastrados.

Em entrevista a reportagem do O Hoje, Wagner Ribeiro, presidente do Sindimoto Goiás enalteceu que em Goiânia são 800 mototaxistas regulamentados para mais de 3 mil motoqueiros que atuam clandestinamente. Com isso, o trabalho dos regularizados fica totalmente comprometido. “Existe quase quatro vezes mais clandestinos do que os regularizados nas ruas da capital, infelizmente a fiscalização está totalmente precária”, afirma o presidente.

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Para o mototaxista, Vanderlan Pereira, de 43 anos, essa falta de fiscalização fica fácil para qualquer pessoa que tenha moto exercer o serviço de transporte, oferecendo assim risco para a população, pois os clandestinos não usam uniformes e nem motocicletas padronizadas. 

“Estamos pedindo uma fiscalização que atenda as necessidades da categoria, pois há uma arrecadação pela prefeitura em cima do exercício legal do mototaxista. Então o que está faltando é uma solução definitiva para que nós possamos trabalhar de forma justa”, afirma o mototaxista.

Na última sexta-feira (03), mototaxistas de Goiânia se reuniram na Câmara Municipal para uma reunião com alguns vereadores da capital para pedir maior fiscalização contra os clandestinos. O grupo de cerca de 100 mototaxistas pediu que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atue na prisão dos motoristas que não estiverem legalizados. 

De acordo com a categoria, os mototaxistas clandestinos andam com coletes que deveria ser fornecidos apenas para os licenciados. Outros não-cadastrados atuam com coletes falsificados ou até mesmo sem o uso do mesmo.

Ainda de acordo com o mototaxista Vanderlan, se não houver uma preocupação com o exercício ilegal da atividade, com o passar do tempo, a categoria perderá toda a credibilidade conquistada até o momento. Além disso, os profissionais clandestinos representam diversos riscos aos usuários com preços abusivos, direção perigosa no trânsito, não habilidade para direção, além de ameaças de assalto.

A reportagem tentou contato durante toda à tarde da última sexta-feira (3), com o órgão fiscalizador de Goiânia que é a Secretária Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT), a reportagem foi informada apenas que na ocasião não havia ninguém da assessoria de imprensa que pudesse discutir sobre o assunto.

 

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