Cais Urias Magalhães está abandonado

O prédio aparenta estar em boas condições físicas, mas o abandono perdura há quatro anos

Postado em: 07-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O prédio aparenta estar em boas condições físicas, mas o abandono perdura há quatro anos

Bruna Policena

O vereador Jair Diamantino (PSDC) apresentou requerimento na Câmara Municipal de Goiânia para solicitar ao prefeito Iris Rezende Machado a reabertura do Centro Integrado de Assistência Médico Sanitária do Setor Urias Magalhães, em Goiânia. A população do bairro afirma que a unidade de saúde encontra-se fechada desde 2013. Segundo nota da Câmara Municipal, assinaram o requerimento os vereadores Welington Peixoto (PMDB), Cabo Senna (PRP) e Kleybe Morais (PSDC).

Na quadra em que se localiza o Cais existe um colégio estadual e o Conselho Tutelar, que utiliza parte da estrutura do prédio para sede. E mesmo com o abandono, aparentemente as paredes e a estrutura física estão em boas condições, no entanto, o prédio está sem uso, e as portas, armários, mesas estão se deteriorando por conta da falta de cuidado e manutenção. 

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A população está sem atendimento na região há mais de quatro anos e o local encontra-se abandonado, com mato alto em volta, móveis e utensílios inutilizados. De acordo com relatos de moradores, por estar sem uso, o local acaba servindo de esconderijo para usuários de drogas e criminosos. O setor Urias Magalhães e o Jardim Balneário Meia Ponte são os principais e mais antigos bairros da região.

Assim, muitos de seus moradores são idosos, e precisam do atendimento que deveria ser oferecido pelo Cais. A aposentada Maria Rafael de Sousa, de 76 anos, mora na região há 24 anos e conta que, com o fechamento do Cais, todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que moram na região precisam se deslocar e consultar no Cais do bairro Vila Nova ou do Setor Perim.

Maria ainda ressalta que para os idosos aposentados, como ela, é ainda mais difícil por que, muitas vezes, precisa ir de ônibus até o Cais Vila Nova, a cerca de 10 km do Cais Urias, que deveria estar em funcionamento. A aposentada ainda relata que vândalos depredam o local e que por muitas vezes durante os quatro anos só escutou promessas de que o Cais iria ser reaberto.

Geraldo do Carmo, de 71 anos, também é aposentado e mudou-se de Ipameri para Goiânia logo quando casou. Reside no Urias desde 1974 e acompanhou toda a trajetória do Cais. Ele afirma que mesmo antes de fechar não podia contar com o atendimento. Geraldo conta que já faltavam médicos e reclama da insatisfação destes trabalhadores da saúde, que refletia no mau atendimento dos pacientes.

Quando precisa de socorro médico ou um atendimento de urgência Geraldo conta que tem que ir de ônibus ao Cais Vila Nova ou no Setor Perim. Ele não consegue dirigir seu carro e o filho nem sempre está em casa para lhe socorrer. O vizinho José Ribamar, de 71 anos, mora há seis anos no setor e reclama da dificuldade de atendimento que encontra por falta do posto de saúde que é mais que um direito dele e de quem mora na região. 

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