Ampliação do Minha Casa, Minha Vida custará R$ 8,5 bilhões

As medidas farão o orçamento do programa habitacional subir de R$ 64,4 bilhões para R$ 72,9 bilhões

Postado em: 06-02-2017 às 18h20
Por: Toni Nascimento
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As medidas farão o orçamento do programa habitacional subir de R$ 64,4 bilhões para R$ 72,9 bilhões

A
ampliação do Minha Casa, Minha Vida custará R$ 8,5 bilhões ao governo, informou
o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, após anúncio de mudanças no
programa. Segundo ele, a maior parte do dinheiro virá do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS).

As
medidas farão o orçamento do programa habitacional subir de R$ 64,4 bilhões
para R$ 72,9 bilhões. Do reforço de R$ 8,5 bilhões, o FGTS arcará com R$ 7,1
bilhões para a ampliação do crédito e R$ 1,2 bilhão para o aumento dos
subsídios para cobrir as taxas mais baixas dos financiamentos. O Tesouro
Nacional entrará com R$ 200 milhões para cobrir subsídios.

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Mais
cedo, o presidente Michel Temer e a equipe econômica anunciaram a ampliação das
faixas de renda das faixas 1,5; 2 e 3 do programa, o que permitirá a inclusão
de famílias com renda bruta mensal de até R$ 9 mil. Atualmente, o limite é R$
6,5 mil. O governo também anunciou a meta de contratar o financiamento de 610
mil unidades habitacionais em 2017.

Apesar
de a maior parte das contratações previstas este ano estar destinada a famílias
das faixas 2 e 3, com renda entre R$ 4 mil e R$ 9 mil, o ministro do
Planejamento negou que o programa esteja sendo desvirtuado para atender a
famílias de renda mais alta.

“Não
há desvirtuamento. O programa tem três faixas. As faixas 2 e 3 são destinadas a
famílias de renda um pouco menor, mas com alguma capacidade para arcar com
financiamento. As mudanças permitem que o Minha Casa, Minha Vida atenda a mais
pessoas e ajude a retomada da atividade de construção e do crescimento
econômico”, disse Oliveira.

Saque
do FGTS

O
ministro do Planejamento também negou que a liberação dos saques das contas
inativas do FGTS, cujo calendário será anunciado nas próximas semanas, afete o
volume de financiamentos disponíveis para o programa habitacional. Segundo
Oliveira, o Conselho Curador do FGTS analisou com cuidado o impacto das medidas
anunciadas hoje sobre o orçamento do fundo.

“Todas
as simulações foram feitas com cuidado. Estamos seguros de que a liberação das
contas inativas é uma medida correta e justa. O dono do dinheiro sofre hoje de
restrição de crédito e poderá usar o dinheiro ou para pagar dívidas ou para
aplicar com uma remuneração melhor que a atual [Taxa Referencial (TR) + 3% ao
ano].” 

(Agência Brasil)

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